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21% dos mineiros vivem na linha da pobreza, aponta IBGE

16/09/2019 às 15:36
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Geladeira vazia, falta de remédios e moradia são problemas recorrentes para 12 milhões de pessoas que vivem no estado de Minas Gerais. De acordo com o IBGE, 21 % dos mineiros vivem na linha da pobreza. Faltam políticas públicas para resolver o problema no estado.

Segundo o IBGE, em 2017, 57,2% da população de Minas Gerais sobrevivia com o valor de  até um salário mínimo ao mês, valor usado para possivelmente custear as necessidade essenciais de uma pessoa, isso quando a pessoa possuía o valor integral.

Minas Gerais lida com o problema da extrema pobreza há muito tempo, há poucas políticas públicas e verba para as ações de combate a miséria e fome.  Segundo o Superintendente de Integração e Segurança Alimentar da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Henrique Oliveira Carvalho, “Esse é um grande desafio deste governo e nossa grande preocupação é de conseguir justamente com uma política fiscal responsável, liberar o orçamento pra ficar disponível pra essas políticas, porque hoje não tem”.

Longe dos gabinetes, a realidade de muitos mineiros é de carência real. De acordo com levantamentos realizados pelo IPEA, em 30 municípios a situação é de extrema pobreza. As pessoas que vivem em cidades dos vales Mucuri e Jequitinhonha, e na região norte do estado, lidam diariamente com a fome e falta de estrutura financeira.

Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, são usados recursos do município para combater o problema da fome, e há cinco restaurantes espalhados pela cidade que oferece café da manhã, almoço e janta gratuitos para moradores de rua. Segundo a prefeitura, cerca de 4.500 pessoas são cadastradas para receberem refeições diariamente.  E beneficiários de programas sociais pagam R$0,75 no café da manhã,  R$3 no almoço e R$ 1,5 no jantar.

Além dos restaurantes, Belo Horizonte conta com o programa de assistência alimentar, que beneficia 90 entidades sócio assistenciais que fornecem ao longo do ano cerca de R$ 7,2 milhões de refeições. No entanto, a capital e as demais cidades mineiras não contam com políticas e dinheiro do governo do estado para combater a fome.

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