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Aquele antigo conselho de mãe e seu significado nutricional

19/09/2019 às 06:30
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A ingestão de líquidos durante as refeições é tema de recorrente discussão nas mesas das residências, restaurantes e consultórios. Desde a infância somos cercados pelo dogma da proibição do consumo de bebidas junto com as refeições.

Para que a digestão dos alimentos ocorra adequadamente é necessária a ação do suco gástrico no estômago. Quando há uma ingestão excessiva de líquidos nas refeições o suco gástrico fica diluído, comprometendo, portanto, o processo de quebra e absorção de alguns nutrientes, o que pode causar problemas como deficiência na absorção de ferro, cálcio, zinco, vitamina B12, etc., além de indigestão, gases e flatulências.

O líquido ingerido durante a refeição (mesmo que isento de calorias, como a água, por exemplo) causa uma dilatação do estômago, o que resulta em uma falsa saciedade, fazendo com que a fome retorne rapidamente; além disso ocorre uma sensação de inchaço abdominal.

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O estômago é um músculo com capacidade para comportar um volume de cerca de um litro a um litro e meio de alimento, porém, devido à dilatação, seu tamanho pode se expandir em até quarenta vezes. Sendo assim, com o passar do tempo, o estômago distendido necessitará de quantidade cada vez maior de alimentos para ser saciado.

Para garantir uma boa digestão e consequentemente melhor aproveitamento dos nutrientes consumidos, o ideal é que a quantidade de líquidos ingerida durante o dia seja reduzida cerca de meia hora antes das refeições, bem como nas duas horas posteriores. Nesses horários, devem ser evitados especialmente as bebidas gasosas, como os refrigerantes, pois estas aumentam ainda mais a dilatação estomacal.

É de suma importância manter uma boa hidratação durante o dia, no entanto é recomendável que se atente para as quantidades e horários de ingestão líquida, a fim de evitar prejuízos para o processo digestão, além do ganho de peso.

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