Autor: César Lemos

César Henrique Lemos Santos, nascido no ano de 1995, filho da transição de um milênio para outro, necessariamente um sujeito moderno, sobretudo, admirador da tradição e da velha sabedoria dos antigos. Desde a tenra infância até a juventude decorreu na pequena cidadela interiorana mineira, Acaiaca. Felicito-me pelas oportunidades a uma educação de qualidade que a mim foram concedidas por cursar História no instituto de ciências humanas e sociais da Universidade Federal de Ouro Preto, o que é experiência vasta e profunda no que tange a boa orientação, tanto pelo saber quanto pela prática do mesmo. Leitor e pesquisador assíduo, constante admirador da natureza e daquilo que dela apreendem os artistas. Atento ao tempo, este que é quem abarca todas as coisas, gestos e palavras. Preocupado com os atos e as respectivas consequências, com a vida e suas expectativas. Esperançoso pelo bem-viver do ser humano. Enfim, anseio pelo desenvolvimento pleno e o mais completo possível do nosso Ser que também é o Mundo, afinal é nele que nos estendemos.

O final de semana está chegando e é melhor conferir a previsão do tempo para estar preparado. As cidades históricas de Ouro Preto e Mariana terão um fim de semana com altas temperaturas mas também pancadas de chuva em alguns horários do dia. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura em ambas as cidades pode variar entre 20 °C e 32 °C. Ouro Preto Diferente do que os moradores de Ouro Preto já estão acostumados, nesse final de semana a cidade de arquitetura barroca terá altas temperaturas durante todo o final de semana e pancadas de…

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Após sair de uma palestra sobre filosofia e literatura, ela, dona de uma bela perspectiva no olhar onde as coisas todas se vertiam em apego enquanto durava, amava a vida assim como a morte. Olhava o brilho nos olhos da filósofa que falava grandiosa na frente da sala, os braços que iam acima e abaixo traçavam um imenso paralelo ao passo que diluía toda a vida em tanto e nada, em prosa e poesia, tudo se fundia, para o alívio de Judite que teve um ensejo de mais um pequeno grande caminho passar, escutar, ver. Ao sair dali precisava comer…

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Com o olhar estático e ilustre de tanta metafísica não vista quis correr e abraçar, a ponto de transformar em sua presa, uma paixão, o amor de algum rapaz. Já encharcado de tanto café o estômago ameaçava a doer a cada ligeiro movimento muscular do abdômen. Não ligava para nada disso, a vida doía. A leitura de romances o deixara efusivo, no entanto sentia-se douto em romances, não na prática, pois acreditava jamais ter amado ou se apaixonado perdidamente, afinal seus escassos relacionamentos pela falta de dinheiro não o possibilitava se dar a certos luxos da vida comum capitalista. Devia…

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Com o olhar estático e ilustre de tanta metafísica não vista quis correr e abraçar, a ponto de transformar em sua presa, uma paixão, o amor de algum rapaz. Já encharcado de tanto café o estômago ameaçava a doer a cada ligeiro movimento muscular do abdômen. Não ligava para nada disso, a vida doía. A leitura de romances o deixara efusivo, no entanto sentia-se douto em romances, não na prática, pois acreditava jamais ter amado ou se apaixonado perdidamente, afinal seus escassos relacionamentos pela falta de dinheiro não o possibilitava se dar a certos luxos da vida comum capitalista. Devia…

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Depois de uma tarde com o rosto molhado de um bom e belo choro: tomar o vinho mais seco mais a amiga historiadora que se negava filósofa. Ao retornar desse bar mata a fome e lava as xícaras do café da tarde, café orgânico, café sincero. Nessa boca de madrugada há um gran grilo, bem grande, semelhante ao som de um… carro (esta associação que surge espontaneamente com aquilo que há). Alegra-se ao saber que na manhã vindoura tomará este café: o café do saco dourado importado de Espera Feliz. “Perdoa, perdão!” pediu de joelhos aos radicais revolucionários que dão…

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O desejo de me retratar diante de Deus, existência: na busca da cura das neuroses e da perca do medo da decadência. Fumo e bebo com elegância do elefante drummondiano, para decair com sua firmeza. Da infância não temia que ela acabasse e secou. Uma flor ferida é meu peito quase inerte, “num mundo enfastiado que já não crê nos bichos e duvida das coisas”. A família hoje, já díspar do seu ser, a avó já fraca e solitária, ambas. Não possuem forte tradição e mesmo que somente eu queira, sinto que todos se entristecem e para pesar maior, sobretudo,…

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Por vezes se perde no voo das garças, se transforma nelas, transpõe grupo todo em um só e de cima observa o mundo grande. Força inerente nele, pois abarcar a vida tanto na vista quanto na emoção. Uma enchente o céu azul vem a ser. Irrompe para a alma desse ator no tempo cada ser-em-si, tudo emana seu algo único. Assim, o azul de céu são as cores e as formas, voltado para os que com ele querem sorrir com os olhos ou, simplesmente, pagam o prazer com o silêncio e a placidez profunda. A passividade frente aos raios faz…

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Vez por outra nos pegamos a indagar sobre a vida, acredito nem tantas pessoas o fazem com frequência pelo tempo na modernidade que os consomem reduzindo-os a consumidores invés de vívidos pensadores, mas formidável seria para uma mente pensante saber acerca do seu modo de estar neste mundo. Anteontem por volta da meia noite, uma mulher na porta de sua casa, gorda, num banco de uns 40cm de altura, queixo sobre a mão numa posição quase de O Pensador me fez querer parar e prosear. Ela já de madura idade me interroga: por que a gente tem de morrer, hein,…

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