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A era dos livros de colorir para adultos

28/04/2020 às 06:00
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3 min

Você quer relaxar? Quer ficar longe da tela do computador, televisão, smartphones ou do mundo estressante lá fora e estar completamente com você mesmo? Esqueça a ioga. Em vez de tapetes e almofadas, a tendência agora é de livros com desenhos, giz de cera, lápis de cor. Para meditar em torno de uma árvore, você não precisa mais se equilibrar em uma perna ou cruzar as pernas, basta apenas alguns balanços do pulso. Tronco, galhos, folhas, talvez uma borboleta esteja voando. E talvez a borboleta tenha um amiguinho. Tudo em preto a branco e você pode dar a cor que quiser.

Os livros para colorir para adultos não são novidades. Embora as vendas tenham explodido nos últimos anos, o primeiro livro para colorir para adultos tem mais de 50 anos. Nos anos sessenta, já havia uma onda de popularidade nos livros para colorir para adultos. O primeiro livro foi “The Executive Coloring Book” publicado em 1961 por Marcie Hans, Dennis Altman e Martin A. Cohen. Este livro mostra cenas diárias na vida de um gerente na América.

Este livro não pretendia fazer o adulto voltar à infância ou relaxar, necessariamente, mas criticar a sociedade. Ao longo do livro, os desenhos são acompanhados de textos sarcásticos sobre a vida, dando instruções para colorir.

Em 1963, Barbra Streisand escreveu uma música destacando esse fenômeno social. O título da música é “My Coloring Book” (“Meu livro de colorir”, em português), onde ela começa cantando: “Para aqueles que apreciam livros de colorir, assim como muitas pessoas, aqui está um novo para você, um livro de colorir incomum, de um tipo que você nunca viu, prepare seus lápis de cor, muito bem, comece a me colorir…”. Isso mostra que os livros de colorir para adultos faziam parte da vida cultural do momento.

Ao longo dos anos seguintes, vários e variados livros foram publicados criticando o comunismo e outros assuntos políticos. E, embora esses livros fossem apresentados como livros de colorir para adultos, eles não tinham a intenção de serem coloridos. Eles eram simplesmente uma maneira de criticar a sociedade de uma maneira divertida e compreensível por todos.

Quando, em 2013, a ilustradora escocesa Johanna Basford lançou seu livro para colorir “Secret Garden” (“Jardim Secreto”), foi dado o pontapé inical para uma avalanche de livros com o mesmo segmento, todos com com o intuito de oferecer um momento de relaxamento e fuga para um público mais adulto.

Os benefícios das atividades manuais, incluindo coloração, têm muitos efeitos positivos na vida cotidiana como a redução do estresse, a redução da ansiedade, uma melhor noite de sono, isso sem contar no fato de que você pode voltar à infância por alguns instantes.

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