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Corujas recebem alta em clínica de Mariana e serão encaminhadas até BH, para órgão responsável

22/10/2022 às 10:46
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Fotos: Marcelo Silva Camêlo / Assessor de Comunicação / Clínica Veterinária Habitat
Fotos: Marcelo Silva Camêlo / Assessor de Comunicação / Clínica Veterinária Habitat

Na manhã desta sexta-feira, dia 21 de outubro, a Polícia Militar de Meio Ambiente, através dos Terceiros Sargentos Thélio Sanabria e Sebastião Augusto Nascimento, e o Corpo de Bombeiros, com os soldados Pedro Henrique e Túlio Machado, foram recebidos na Clínica Veterinária Habitat para a retirada de duas corujas que receberam alta. Os animais silvestres serão encaminhados para uma repartição pública do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) o CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres), localizado em Belo Horizonte – MG, onde posteriormente tentarão realizar a soltura das aves novamente na natureza.

Fotos: Marcelo Silva Camêlo / Assessor de Comunicação / Clínica Veterinária Habitat

As corujas chegaram na clínica entregues pelo 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que realizou o resgate na zona urbana de Ouro Preto – MG, no início desta semana. De acordo com a guarnição, foram feitas buscas no local, para possível localização do ninho, porém sem sucesso. A fim de garantir a saúde e o bem-estar das pequenas corujas, a equipe realizou de imediato o encaminhamento para a clínica veterinária parceira. Caso fossem deixadas no local onde foram resgatadas, seriam presas fáceis para outros tipos de predadores, como também possivelmente sofrer maus-tratos, ou encarceramento por humanos. Vale lembrar que, manter animais silvestres em cativeiro, sem autorização, é crime ambiental, disposto no artigo 29 da lei 9.605/1998.

A médica veterinária Amanda Lopes, responsável pela clínica, junto com sua equipe, realizou o atendimento das corujas. A primeira constatação urgente foi quanto a alimentação e hidratação das aves filhotes. No entanto, elas não apresentavam qualquer alteração clínica grave, como lesões nos membros. Todo o procedimento, desde o manejo até o atendimento, foi realizado com todos os cuidados necessários.

Após a avaliação, com o apoio também da ONG IDDA (Instituto de Defesa dos Direitos dos Animais), foi realizado o retorno com Polícia Militar do Meio Ambiente e também com o Corpo de Bombeiros, para discutirem em relação aos demais cuidados que as aves necessitariam. Por serem animais caçadores, mantê-los em cativeiro por muito tempo poderia trazer algumas complicações posteriores. Portanto, definiu-se que entregar ao CETAS, órgão competente nesse assunto, para as próximas ações, seria o mais sensato.

As corujas são aves predadoras de extrema importância para o equilíbrio da ecologia. Elas se alimentam de diversos animais, mas a sua preferência, comprovada por estudos veterinários, são os pequenos roedores. A presença dessas aves no meio urbano, ajuda no controle populacional de ratos. Portanto, sempre que se deparar com uma coruja que esteja precisando de ajuda, ou encontrar filhotes que tenham caído do ninho, a recomendação é entrar em contato imediato com o Corpo de Bombeiros (193), a Guarda Municipal (153) ou a Polícia Militar (190). Apenas profissionais habilmente treinados em manejo de animais silvestres podem fazer o resgate.

Ficou interessado?  Aqui vão outras curiosidades sobre as corujas.

As corujas são aves predadoras em sua grande maioria com hábitos noturnos. São consideradas caçadores bastante eficientes, pois contam com olhos aguçados, movimentos rápidos e o seu voo é silencioso, permitindo alcançar sua presa sem ser percebida a tempo.

A anatomia de suas penas permite que o voo não cause muitos farfalhos. Tudo isso devido às franjas nas pontas de seus pelos, que foram desenvolvidas através de evolução genética natural.

Os olhos de uma coruja são praticamente imóveis, por isso elas desenvolveram a capacidade de girar a cabeça. Dependendo da espécie da coruja, a ave consegue girar o crânio até 270º.

Como já dito, o alimento favorito das corujas são pequenos roedores, tornando a ave de extrema importância no controle populacional. De acordo com estudos, estima-se que algumas espécies desses animais silvestres consomem entre 1.700 e 3.700 ratos por ano.

No Brasil, existem cerca de 22 espécies em todo o território nacional. Algumas, inclusive, descobertas recentemente. A mais famosa entre elas é a coruja-buraqueira, que são as mais comumente encontradas em ambiente urbano, caso das corujas resgatadas no início do texto.

Esses animais também são repletos de simbolismo. Na Grécia antiga, a deusa Atena (deusa da sabedoria) tinha uma coruja como companheira. Tornando-se, assim, um símbolo de sabedoria e conhecimento também.