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Greve da rede estadual mineira e a luta pela dignidade

Você já parou para pensar no que seríamos sem educação? E educação que eu falo não é somente aquilo que aprendemos em casa com nossos pais, mas principalmente o que aprendemos na escola.

Sem passar por esta instituição, não teríamos médicos, engenheiros e, curiosamente, nem políticos, já que saber ler e escrever é exigência para se candidatar a qualquer cargo público no Brasil.

Se todo mundo depende da escola, por que tanta gente ataca os seus funcionários quando eles lutam por melhorias? Isso é uma pergunta que eu nunca consegui entender, qual o sentido disso?

Será que é porque ela faz tanta falta que não sabemos o que fazer com nossas crianças e jovens? Essa é uma boa hipótese, afinal muita gente acha, erroneamente, que ali é “depósito de menino”, o que é um absurdo.

Creio que se perguntarmos às pessoas se elas acham importante o investimento em educação quase todas responderiam positivamente, mas aí vem a grande contradição, pois esta mesma maioria não apoia seus servidores quando entram em greve na defesa, exatamente, dessa mesma educação.

Lutar pela escola pública não pode ser resumido a defender pintura e livro, é muito mais profundo, é lutar por melhorias que vão além do prédio em si, como por exemplo, defender remuneração digna para os professores e demais funcionários.

Se todas as profissões passam por esta instituição, por que nos sentimos no direito de achar que a defesa do pagamento do piso salarial para os docentes da educação básica é errada? E, mais do que isso, achar que eles entrarem em greve para receber o mínimo que fala a legislação não é certo?

Precisamos rever os nossos conceitos, se os servidores escolares não são valorizados, quem vamos defender que sejam? É preciso olhar além do nosso umbigo e entender que os efeitos de uma greve só são danosos para a população porque nossos gestores não valorizam o que temos de mais precioso em nosso país, que são os servidores da educação.

Você que lê este texto, possivelmente deve ter sentido na pele ou ao menos ouvido falar da greve nas escolas estaduais de Minas Gerais. Antes de censurar a ação, procure saber os motivos que levaram a esta tão radical atitude, possivelmente vai ficar sem palavras por saber como é baixo o salário do magistério estadual e os ataques que estão sofrendo do governo Zema em relação aos seus direitos como trabalhadores.

Antes de condenar é preciso se informar. Pergunte, reflita e veja quem está do lado certo e do lado errado nesta guerra.

Todo apoio à greve do magistério público estadual!

Até a próxima.