Ao falar sobre alimentação saudável é importante lembrar que a agricultura tem um papel fundamental nesse processo. Além da agricultura orgânica, outro movimento vem ganhando cada vez mais espaço, sugerindo que a prática agrícola do futuro seja esta: a agricultura regenerativa.
A agricultura regenerativa, também conhecida como agricultura ecológica, tem o objetivo de promover a regeneração e manutenção de todo o sistema de produção alimentar, por meio de processos diferenciados de manejo de solo e colheita, tendo um viés ecológico e sustentável.
As práticas agrícolas industriais, como arar ou cortar a camada superior do solo, perturbam o solo, as estruturas das raízes e os micro-organismos que armazenam carbono, fazendo com que esse carbono do solo vá para a atmosfera, onde se combina com o oxigênio, formando o dióxido de carbono (CO2), que é um principais gases responsáveis pelo efeito estufa. Em contrapartida, as práticas agrícolas regenerativas promovem o ciclo de nutrientes sem perturbar agressivamente o solo, mantendo, dessa forma, o carbono armazenado no subsolo.
Dentre as práticas da agricultura regenerativa podemos citar a rotação de cultura, o que minimiza a ocorrência de erosão do solo; a pastagem de gado, que estimula naturalmente o crescimento das plantas; diminuição do uso de fertilizantes e pesticidas, etc.
Em suma, pode-se dizer que a agricultura regenerativa valoriza os micro-organismos presentes no solo, os quais são essenciais para a manutenção da terra, ocorrendo uma simbiose visto que os micro-organismos disponibilizam os nutrientes do solo para as plantas, além de ajudar a gerenciar as pragas, reduzindo, assim, a necessidade da utilização de fertilizantes, bem como a dependência de herbicidas e pesticidas, que matam bactérias e fungos saudáveis do solo.
A adesão à agricultura regenerativa confere uma maior economia no processo de produção de alimentos ao mesmo tempo que proporciona benefícios à natureza, sendo, portanto, uma alternativa viável para a produção sustentável de alimentos saudáveis.
*Esse texto não representa, necessariamente, a opinião do Mais Minas
