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30 anos de ‘Ghost – Do Outro Lado da Vida’: hino romântico à imortalidade do amor verdadeiro

16/07/2020 às 19:43
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4 min

No início da década de 1990, uma linda e emocionante história de amor encantou e cativou pessoas em todo o mundo. No dia 14 de julho de 1990, o inesquecível Patrick Swayze (1952-2009) surgia nas telonas americanas em um de seus mais belos papéis, o Sam Wheat de “Ghost – Do Outro Lado da Vida”; filme completa 30 anos em 2020.

No final dos anos 1980, ninguém esperava que Jerry Zucker, co-diretor de comédias pastelão como “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!” (“Airplane!”) ou “Por Favor, Matem Minha Mulher” (“Ruthless People”), faria um filme de romance – e que o filme também se tornaria um sucesso internacional, muito menos! Mas “Ghost” acabou sendo um filme em que quase tudo parecia estar certo e não só tinha um roteiro de sucesso, mas, acima de tudo, tinha um elenco de atores excelente.

O banqueiro de Wall Street Sam Wheat (Patrick Swayze) e a artista Molly Jensen (Demi Moore) são um casal feliz. Eles acabaram de se mudar para um novo apartamento em Nova York. Carl Brunner (Tony Goldwyn), que trabalha como funcionário do departamento de Sam, os ajuda com o trabalho de reforma. A felicidade de Sam e Molly, porém, tem curta duração. Após uma visita noturna ao teatro, Sam é atacado por um ladrão na rua. Sam se defende; há um tiro. Quando Sam abre os olhos novamente, ele vê Molly ajoelhada na frente de um corpo sem vida. Ele se reconhece nos mortos. Mas ele ainda pode sentir, pensar e ver e percebe que é um espírito. Invisível para o mundo, Sam permanece próximo de Molly. A necessidade dele de se comunicar com ela é enorme; ele quer confessar o quanto a amava. É aí que entra outra personagem inesquecível: Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg). Ela é a única que pode ouvir Sam, embora não possa vê-lo. Ela ajuda a convencer Molly da existência de Sam como um espírito e fica ao seu lado quando ele deixa Carl pagar por seu crime. Após sua morte, Sam aprende a andar na terra como um espírito e salva sua amada Molly do perigo. Hino romântico à imortalidade do amor verdadeiro.

O que faz “Ghost” ser um sucesso até hoje é a junção de várias tonalidades exatamente coordenadas. O roteiro vencedor de Oscar de Bruce Joel Rubin (“Te Amarei para Sempre”) não apenas domina uma das teclas, como é emocionante e engraçado, imaginativo e emocionante, sedutor, trágico – e muitos deles ao mesmo tempo.

Patrick Swayze e Demi Moore internalizam esse espectro de sensações e transmitem mensagens de amor um para o outro, um amor que sobrevive além da morte e que tem Whoopi Goldberg, como a brilhante e sempre empática médium Oda Mae, fazendo a ponte entre os dois, em um dos seus melhores personagens. É incrivelmente desarmante ver como esse filme surpreendentemente revive a crença no amor constantemente.

Um clássico real e um excelente exemplo de como pode ser um ótimo romance de Hollywood. “Ghost – Do Outro Lado da Vida” não foi apenas maravilhosamente divulgado, mas também impressiona com sua direção e um roteiro esplêndido. Um filme de amor que não só quer ser dramático ou engraçado, mas cheio de imaginação, magia e inteligência. Tenso, sedutor, uma verdadeira obra de arte. Um sucesso completo.

Relembre a maravilhosa e também inesquecível canção que embalou o romance dos personagens na história: “Unchained Melody”, na versão da dupla The Righteous Brothers:

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