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Minas XXI: torcedores elegem os melhores futebolistas do estado no século

31/07/2020 às 11:10
Tempo de leitura
12 min

O Mais Minas realizou durante grande parte da parada do futebol, por conta da quarentena, uma série de enquetes para escolher os 11 melhores jogadores e o treinador dos dois maiores clubes do estado nos últimos 20 anos. Após isso, resolvemos estender para um embate entre os escolhidos de cada time para eleger a Seleção de Minas do Século XXI. Do goleiro ao treinador, todas as posições foram escolhidas através de voto popular com duração de três dias cada votação.

Recheada de craques, a Seleção de Minas do Século XXI teve disputas duríssimas de escolher, pois cada jogador em votação marcou a história do clube em diversos âmbitos. Além disso, esse time também soma atletas com passagens pela Seleção Brasileira e em clubes gigantes europeus.

As disputas mais acirradas foram no gol e no ataque, entre Fábio e Victor, Marcelo Ramos e Diego Tardelli, respectivamente. Isso se deve pelo nível de relevância desses jogadores, pois, além de serem extremamente vitoriosos, ambos também quebraram recordes com a camisa de de seus respectivos clubes.

E a seleção eleita dos maiores jogadores de Minas no século XXI ficou com: Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Sorín; Ricardinho e Leandro Donizete; Dátolo, Alex e Ronaldinho; Diego Tardelli. Esse time seria comandado por Vanderlei Luxemburgo.

Minas XXI: torcedores elegem os melhores futebolistas do estado no século
Foto: Mais Minas

Victor – Atlético (2012 – atualmente)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Victor chegou ao Atlético em 2012, contratado junto ao Grêmio, para assumir a carente posição de goleiro do Galo e logo se tornou intocável na meta do clube. Após um excelente ano de estreia, Victor viveria em 2013 seu grande ano como jogador. Após ganhar o Campeonato Mineiro, o camisa 1 ajudou o Galo na caminhada ao inédito título da Copa Libertadores.

Durante a campanha, o jogador fez aquela que é uma das defesas mais icônicas da história do futebol brasileiro. Na ocasião, Victor defendeu pênalti que eliminaria o Galo da Libertadores, no fim da partida, nas quartas de final da competição. Na semifinal e final, mais defesas de pênaltis e o goleiro se consagrou como o principal nome daquela conquista.

Pelo Galo, o goleiro ainda viria a ganhar a Copa do Brasil de 2014 sobre o grande rival, Cruzeiro, a Recopa Sul-Americana naquele mesmo ano, além de mais dois estaduais, em 2015 e 2017. Santificado, “São Victor” continua no time e atualmente é reserva, mas ainda é um dos jogadores mais aclamados pelo torcedor.

Um dos grandes ídolos da torcida, o goleiro tem seu nome marcado nas maiores conquistas  alvinegras e é amado pelos atleticanos. E ainda, há quem aposte que o arqueiro seja o maior jogador da história do Atlético. Assim, Victor é o primeiro jogador escalado para a Seleção de Minas XXI.

Marcos Rocha – Atlético (2007 – 2017)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Marcos Rocha foi revelado na base do Atlético e passou por quatro times até se firmar como titular do Galo, em 2012. Daí em diante, o jogador dominou a posição e se tornou um dos principais alas do país, chegando inclusive à Seleção Brasileira.

Sua passagem pelo clube é marcada, principalmente, pela era gloriosa do Galo no século XXI, quando o alvinegro de Minas conquistou os estaduais de 2012, 2013, 2015 e 2017, a Copa Libertadores de 2013, uma Recopa Sul-Americana, em 2014, e uma Copa do Brasil, contra o maior rival, Cruzeiro, em 2014.

Réver – Atlético (2010-2014 e 2019-atualmente)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Ídolo do Atlético, Réver formou por muito tempo, ao lado de Leonardo Silva, a dupla de zaga conhecida com “Torres Gêmeas”, pela altura e qualidade dos jogadores que a compunham. Muito vitorioso, o jogador foi um dos grandes destaques da campanha do título da Copa Libertadores de 2013, quando apresentou um grande futebol que o credenciou, inclusive, para a Seleção Brasileira.

Pelo Galo, Réver ganhou cinco títulos, os Campeonatos Mineiros de 2012 e 2013, a Copa Libertadores da América de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014. Após deixar o clube em 2015, o jogador retornou em 2019 para alegria dos atleticanos. O zagueiro também é um dos defensores com mais gols marcados na história do clube, 26 no total, 10 a menos que Léo Silva, que lidera a lista.

Leonardo Silva – Atlético (2011 – 2019)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Considerado um dos maiores jogadores da história do Atlético, Leonardo Silva jogou no alvinegro de Minas por nove temporadas, muitas vezes ostentando a braçadeira de capitão do clube. Ao lado de Réver, formou a dupla de zaga conhecida com “Torres Gêmeas”, pela altura e qualidade dos jogadores.

Pelo Galo, Léo Silva marcou um dos mais importantes gols da história atleticana, que levou a decisão da Libertadores de 2013 para os pênaltis, na qual o Atlético se sagrou campeão. E por falar em gols, essa é uma especialidade de Leonardo. O zagueiro é o maior defensor artilheiro da história do clube, com 36 gols. Sua qualidade na bola aérea fez dele um terror para as defesas adversárias.

Leonardo Silva disputou sua última temporada pelo Galo em 2019, se aposentando ao final do ano e ganhando um cargo na diretoria do clube. Léo deixou o clube com nada menos que sete títulos conquistados, sendo eles quatro estaduais, a Copa Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014.

Sorín – Cruzeiro (2000-2002, 2004 e 2008-2009)

Foto: Arquivo / Cruzeiro

Um dos grandes ídolos do torcedor celeste, Juan Pablo Sorín esteve no clube em três oportunidades, no início, meio e fim da década de 2000. A primeira passagem por Minas foi muito mais marcante que a segunda, consolidando o argentino como, talvez, o maior jogador estrangeiro da história do Cruzeiro.

O lateral-esquerdo se destacava pela raça e entrega em campo, além da facilidade no setor ofensivo. Tanto que, mesmo sendo lateral, o jogador é o oitavo maior artilheiro estrangeiro da história do clube, com 18 gols. Acima dele na lista há somente meias e atacantes, o que comprova sua eficácia ofensiva.

Sorín encerrou sua carreira no clube de Minas, em 2009, após um período sendo pouco aproveitado pelo técnico Adilson Batista. Sua não escalação na final da Copa Libertadores perdida no mesmo ano até hoje irrita o torcedor celeste. Pelo Cruzeiro, o argentino conquistou cinco títulos, incluindo a icônica Copa do Brasil de 2000.

Ricardinho – Cruzeiro (1994-2002 e 2007)

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Foto: Arquivo / Cruzeiro

Jogador mais vencedor da história do clube, com 15 títulos conquistados, Ricardinho teve seu auge nos anos 90, mas também jogou no clube no século XXI, nos anos de 2001, 2002 e 2007, tendo conquistado três títulos no período.

Leandro Donizete – Atlético (2012-2016)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Muito semelhante a sua dupla Pierre, Leandro Donizete não se destacava por uma grande qualidade técnica, mas por sua raça e poderio defensivo, principalmente na marcação. O “General”, como era conhecido pelos atleticanos, era implacável contra seus adversários e se tornou ídolo da torcida do Galo.

Durante sua passagem pelo alvinegro de Minas, conquistou seis títulos: os Mineiros de 2012, 2013 e 2015, a Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014. Assim como Pierre, Donizete dava a solidez defensiva necessária para que os craques do setor ofensivo do Atlético pudessem brilhar.

Dátolo – Atlético (2013-2016)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Contratado durante a temporada de 2013 pelo Galo, Jesús Dátolo foi contrato de início para reforçar o bom elenco atleticano e ser uma peça de reposição a Ronaldinho Gaúcho. Com a saída do craque, em 2014, e as contínuas lesões de Guilherme, o argentino não perdeu a oportunidade e logo se tornou peça importante no Atlético.

Para se ter ideia, em 2014, Dátolo foi o líder em participações em gols pelo clube, tendo marcado sete vezes e dado incríveis 20 assistências. Naquele ano, o jogador foi importantíssimo para a conquista do clube na Copa do Brasil. O argentino também ficou marcado pelos muitos golaços que fez pelo clube, principalmente em chutes de fora da área.

Apesar de sua importância crescente no clube, Dátolo passou a sofrer com lesões e deixou Minas GErais em 2016, tendo conquistado três títulos com a equipe: a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil, em 2014, e o Campeonato Mineiro de 2015.

Ronaldinho Gaúcho – Atlético (2012-2014)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Eleito o melhor jogador do mundo por duas vezes e pentacampeão da Copa, Ronaldinho Gaúcho não só é um dos maiores atletas a vestir a camisa do Galo, como também da história do futebol mundial. O jogador chegou em Minas no ano de 2012, desacreditado após temporadas ruins na Europa e no Flamengo.

Ronaldinho e o Atlético precisavam se reerguer para o futebol e o casamento deu muito certo. Rapidamente o jogador se encaixou no time e vestindo a camisa 49 liderou o Galo no Brasileirão daquele ano, que terminou com o vice-campeonato atleticano.

Em 2013, já com a camisa 10, o meia voltou a demonstrar um grande futebol, sendo um dos principais destaques das conquistas do Campeonato Mineiro e da Copa Libertadores daquele ano.

Deixou Minas Gerais em 2014, após uma vertiginosa queda de rendimento. Com a camisa do Galo, Ronaldinho conquistou um Mineiro e uma Copa Libertadores, em 2013, e a Recopa Sul-Americana, em 2014. Individualmente foi eleito o Bola de Ouro do Brasileirão de 2012, melhor jogador da Copa Libertadores de 2013 e melhor jogador da América do Sul, também em 2013.

Alex – Cruzeiro (2001 e 2002-2004)

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Foto: Carlos Roberto / Futura Press

Um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro, Alex é lembrado com imenso carinho pela torcida celeste e considerado o jogador de maior capacidade técnica a ter passado pelo clube no século XXI. Foram duas passagens pelo clube, obtendo sucesso na segunda, onde conquistou quatro títulos e liderou o clube na conquista da Tríplice Coroa, em 2003.

Para se ter ideia, somente no clube celeste foram 10 prêmios individuais conquistados pelo jogador, além de uma infinidade de gols antológicos.

Diego Tardelli – Atlético (2009-2011, 2013-2014 e 2020)

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Foto: Bruno Cantini / Atlético

Um dos grandes ídolos da história do Atlético, Diego Tardelli é sinônimo de “Galo”. O jogador chegou ao clube mineiro em 2009 e logo mostrou um incrível faro de gols, se tornando um dos grandes destaques do futebol brasileiro naquele ano, sendo o jogador com mais bolas na rede do país, tendo balançado as redes 42 vezes na temporada.

Seu estilo provocador e grandes desempenhos contra o rival Cruzeiro, o tornaram um ídolo atleticano em pouco tempo, e sua sina de goleador seguiu nos anos seguintes, até ele ser negociado por cifras milionárias com o futebol russo.

Após dois anos fora do país, em 2013 o jogador retornou `Minas, mais uma vez apresentando grande futebol. Muito completo, o jogador passou a atuar flutuando pelo ataque, misturando as funções de armador, ponta e atacante, sendo o grande diferencial tático naquela equipe que venceria o estadual e a Copa Libertadores.

Em 2014, Diego Tardelli seguiu sendo muito importante para o Atlético, ajudando a equipe a faturar a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil, tendo inclusive marcado o gol do título sobre o rival Cruzeiro. Após isso, em 2015 foi negociado com o futebol chinês.

Tardelli ainda voltaria a fazer a alegria dos atleticanos ao retornar à Minas Gerais no início de 2020, dando início a sua terceira passagem pelo clube.

Vanderlei Luxemburgo – Cruzeiro (2002-2004 e 2015)

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Foto: Washington Alves / Cruzeiro

Um dos maiores técnicos da história do futebol brasileiro, Vanderlei Luxemburgo chegou no Cruzeiro em 2002 e foi comandante do time no ano mais vitorioso da sua história: 2003. Com o “Pofexô” treinando o clube, a Raposa conquistou a Tríplice Coroa daquele ano com um futebol magistral. De quebra, o clube estrelado conseguiu se livrar da pressão pela conquista de um título brasileiro, grande desejo do torcedor.

Seu estilo folclórico e carismático encantaram o torcedor celeste, além de algumas atitudes que ficaram marcadas, como ele afirmar que pagaria o salário do meia Alex do próprio bolso para este continuar no clube no ano de 2003, visto que ele vinha de um mau momento na carreira e estava prestes a ser dispensado pelo Cruzeiro. O resultado é que Alex ficou e foi o melhor jogador do país naquele ano.

Outra história inesquecível foi quando o treinador levou uma fralda para o vestiário antes da final da Copa do Brasil de 2003, visto que teria que entrar com o jovem Gladstone na zaga, por estar com a equipe desfalcada. Vanderlei então perguntou se o atleta queria voltar para casa com o troféu ou com objeto higiênico. Gladstone e o Cruzeiro voltaram com o título.

Luxa ainda voltou ao Cruzeiro em 2015, mas teve péssimo desempenho com o clube e foi demitido poucos jogos depois.

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