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Além de Marrocos: conheça outras surpresas da história das semifinais da Copa do Mundo

Além da Copa de 2022, houve em outros momentos da história do mundial em que seleções pouco conhecidas ou subestimadas chegaram nas semifinais da competição eliminando grandes seleções
13/12/2022 às 02:59
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İlhan Mansız fez o gol que garantiu a Turquia nas semifinais da Copa do Mundo de 2022
İlhan Mansız fez o gol que garantiu a Turquia nas semifinais da Copa do Mundo de 2022

A Seleção de Marrocos fez história na Copa do Mundo do Qatar ao se tornar a única seleção do continente africano a chegar nas semifinais de uma edição do torneio. Por esse feito inédito, o time marroquino pode ganhar a torcida de muitos amantes de futebol que gostam de ver uma surpresa ao invés da previsibilidade.

Além da Copa de 2022, houve em outros momentos da história do Mundial em que seleções pouco conhecidas ou subestimadas chegaram nas semifinais eliminando grandes seleções e, assim como Marrocos, surpreenderam.

Bulgária e Suécia, duas surpresas na Copa de 1994

Uma dessas semifinais “fora do previsto” aconteceu no ano de 1994, na Copa dos Estados Unidos, em que o Brasil se sagrou tetracampeão. Naquele ano, duas inesperadas seleções, a Bulgária e a Suécia, chegaram na penúltima fase da competição, prognóstico pouquíssimo esperado pelos principais analistas do futebol, já que nenhuma das duas equipes eram tidas como candidatas a chegar às fases finais.

A Suécia, que só foi eliminada pelo Brasil nas semis, passou pela fase de grupo na segunda colocação conquistando uma vitória sobre a Rússia e empates com Camarões e Brasil. Henrik Larsson, craque do Feyenoord, junto de seus companheiros suecos eliminaram a Arábia Saudita nas oitavas e, em seguida, nos pênaltis, passou pela Romênia. Talvez os suecos teriam chegado às finais se não tivesse no caminho o time mais forte da competição, o Brasil, que sofreu mas venceu a seleção europeia por 1 a 0, com gol de cabeça de Romário. O Brasil se tornaria, sobre o comando de Carlos Alberto Parreira, o primeiro tetracampeão do mundo.

Na outra semifinal, mais uma “zebra” se fez presente. O time da Bulgária, sob a batuta do atacante Hristo Stoichkov, que atuava no Barcelona, conquistou duas vitórias na fase de grupos, e avançou para as oitavas, quando enfrentou a Seleção do México. Em jogo duro, a nação balcânica eliminou os mexicanos nos pênaltis, alcançando a fase das quartas de final, quando algo inesperado ocorreu novamente e a seleção do sudeste europeu eliminou a Alemanha por 2 a 1.

A aventura da Bulgária acabou nas semifinais, quando teve a Itália pela frente. A vice-campeã daquele torneio derrotou os búlgaros por 2 a 1, com dois gols de Roberto Baggio. Na disputa do terceiro lugar, as duas incomuns campanhas se encontraram e a Suécia goleou a Bulgária por 4 a 0, e ambas se despediram da histórica edição e nunca mais voltaram a repetir o feito.

Antes da Croácia ser conhecida no futebol

Se hoje temos uma seleção croata vice-campeã do mundo e garantida nas semifinais da Copa do Mundo do Qatar, até 1998 o país da Europa Oriental era uma força quase que irrelevante dentro das quatro linhas. Tudo mudou quando a equipe conquistou sua primeira participação em Copas no Mundial da França.

Incrivelmente, naquela edição, os estreantes chegaram às semifinais após duas vitórias na fase de grupos contra Jamaica e Japão, se classificando em segundo lugar. Na fase seguinte, às oitavas, a Romênia foi o adversário derrotado por um placar de 1 a 0, chamando à atenção do mundo, que ficou curioso em conhecer mais o futebol croata. E não parou por aí! Nas quartas, o que parecia ser apenas uma “sorte de principiante” se tornou ainda mais memorável quando a Croácia derrotou a poderosa seleção alemã por 3 a 0. Na penúltima fase da competição, o rival da vez foi a França, anfitriã que se sagrou campeã naquele mundial, encerrando a “peripécia” croata.

Mas antes de ir embora, a Croácia fez questão de deixar um recado para o mundo que “veio para ficar”, derrotando a Holanda por 2 a 1 na disputa do terceiro lugar. O atacante croata Davor Suker ainda se sagrou o artilheiro da edição, conquistando o prêmio Chuteira de Ouro.

Anfitrião indigesto e euroasiático duas vezes no caminho do Brasil

Não só de acidentes europeus vive a Copa do Mundo. Em 2002 foi a vez da Coreia do Sul mostrar que o futebol asiático poderia fazer bonito dentro e fora de campo. Anfitriã da Copa de 2022 junto com o Japão, a Coreia terminou a fase de grupos de forma invicta, com duas vitórias sobre a dupla “POPÓ”, Polônia e Portugal, e um empate com os Estados Unidos. Na fase seguinte, de mata-mata, o derrotado da vez foi a tricampeã Itália, eliminada na prorrogação com gol de ouro de Ahn Jung-hwan.

Antes de ser eliminada pela vice-campeã Alemanha na semifinal, os anfitriões ainda derrotaram a Espanha nos pênaltis. A seleção comandada pelo holandês Guus Hiddink perdeu o jogo de consolação para a Turquia, por 3 a 2, terminando, de modo histórico, em quarto lugar no ano em que o Brasil se tornaria pentacampeão.

A seleção da Turquia, no mesmo modo, foi outro imprevisto na mesma edição da Copa do Mundo. A equipe euroasiática apareceu no caminho do Brasil duas vezes. A primeira foi na fase de grupos, quando foi derrotada pela seleção canarinha, empatou com a Costa Rica e conquistou três pontos no jogo contra a China.

Avançando para as oitavas do torneio da Fifa, os turcos eliminaram um dos anfitriões, o Japão, por 1 a 0, com gol de Ümit Davala. No encontro com Senegal, nas quartas, eliminou a seleção africana na prorrogação com o gol de ouro de İlhan Mansiz. Nas semis, a Turquia teve a infelicidade de cruzar novamente com o Brasil e mais uma vez perdeu para a seleção sul-americana (que seria a campeã daquele edição) com gol de Ronaldo.

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Última atualização em 13/12/2022 às 03:11