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Balanço celeste: o sistema defensivo do Cruzeiro em 2019

09/12/2019 às 15:54
Tempo de leitura
5 min

O ano do Cruzeiro acabou ontem (8) de forma trágica. O time celeste foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, pela primeira vez em sua história e viu seus torcedores realizarem atos de selvageria ao depredarem o Mineirão, casa de tantas conquistas. A temporada de 2019 é para se deixar para trás, mas não esquecer, para que erros como este não voltem a se repetir. Sendo assim, faremos uma série de matérias especiais analisando o desempenho de setores do time celeste para ver o que de pior e de melhor, se possível, aconteceu no ano.

E para começar, falaremos da defesa celeste, coletiva e individualmente. Comecemos:

Goleiros

Fábio

Titular na maior parte do ano, Fábio é um dos poucos que se salvam no ano do Cruzeiro. Ídolo e jogador mais identificado com o clube, o camisa 1 evitou que as tragédias de 2019 fossem maiores ou acontecessem mais rápido. Mas, apesar disso, não se pode deixar de citar a queda de desempenho do arqueiro no final do ano, com algumas falhas e gols defensáveis sofridos.

Rafael

Acostumado a jogar pouco, Rafael viveu um ano em que participou ainda menos. Foram quatro jogos disputados, sendo que em sua maioria em times reservas. Teve impacto quase nulo na temporada celeste.

Laterais direitos

Edílson

Após um 2018 razoável, o torcedor celeste esperava um 2019 melhor de Edílson, que recebe um alto salário no clube. Mas o que se viu foram atuações pífias, lesões, cartões, suspensões, pouca vontade, e ainda por cima, envolvimento na queda de Rogério Ceni. O torcedor quer ele bem longe do time em 2020.

Balanço celeste: o sistema defensivo do Cruzeiro em 2019

Edilson apareceu mais por polêmicas extracampo que por seu desempenho dentro das quatro linhas – Crédito da foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Orejuela

Um dos poucos que se salvaram no ano. Mas apesar de ter feito boas partidas e demonstrado qualidade em alguns momentos, em outros se mostrou muito fraco tecnicamente e fez jogos sofríveis. Tem potencial, força física e entrega, mas se não melhorar seu trato com a bola, não conseguirá crescer como jogador.

Weverton

Conhecido pela caneta no Neymar num treino da Seleção Brasileiro, o jovem lateral entrou em alguns jogos, muitos na fogueira, e demonstrou bons valores. Precisa evoluir, mas sua idade dá margem para isso. Espera-se que em 2020 ganhe bastante minutos.

Zagueiros

Léo

Após anos muito bons em 2017 e 2018, o desempenho de Léo caiu junto com o do time. Há 10 anos no clube, o zagueiro deve continuar para 2020, mas a tendência é que perca espaço para Cacá e Fabrício Bruno.

Dedé

Uma das grandes estrelas do time, Dedé foi bem em boa parte da temporada, mas caiu de rendimento no fim e se lesionou, perdendo a parte mais decisiva do ano. Também se envolveu na polêmica queda de Rogério Ceni e em confusão com torcedores que invadiram a festa de aniversário da sua esposa, situação em que ele foi filmado dançando e dando “sarradas no ar”, mesmo estando se recuperando de lesão. Sua permanência no Cruzeiro para 2020 é incerta, pelo seu alto salário e valorização no mercado.

Cacá

Grata surpresa no turbilhão que foi o ano celeste, o jogador de 20 anos, cria da base celeste, jogou como gente grande e se firmou como titular. Espera-se que jogue mais regularmente em 2020 e siga evoluindo. Tem potencial para se tornar um grande defensor.

Fabrício Bruno

Vindo da base celeste, assim como Cacá, Fabrício Bruno assumiu a titularidade na defesa do Cruzeiro e não deixou a desejar, apesar de ter oscilado em alguns momentos. Já demonstrou interesse em jogar a Série B pelo time celeste e tem potencial para ser uma peça importante nos próximos anos.

Murilo

Vendido no meio do ano para fazer caixa, n teve participação relevante no ano azul.

Laterais esquerdos

Egídio

Bizarro. Responsável direto por diversos resultados ruins e um dos piores jogadores do time no ano. O jogador que de mais notável em 2019 gravou o vídeo “Piscinha, amor”, se tornou figura non-grata em Belo Horizonte e deve deixar o clube.

Dodô e Egídio

Egídio e Dodô, juntos, não dariam um lateral aceitável, em 2019 – Crédito da foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Dodô

A situação de Dodô é no mínimo curiosa. Ninguém conseguia entender como ele era reserva de Egídio até ele entrar em campo. Apesar do ano horrível, continuará no cube em 2020 e pode evoluir.

Rafael Santos

Jogador da base, atuou em algumas partidas e não comprometeu. Pode evoluir e deve receber mais chances em 2020.

Sistema defensivo

Antes um dos pontos fortes do Cruzeiro, em 2020 a defesa celeste virou uma peneira. Muitos gols sofridos, muitas goleadas recebidas, como nunca antes na história. Em muitas partidas se via o time celeste mal ser atacado e nas únicas chances adversárias, ser vazado. Claro que isso não é um problema apenas da defesa em si. O sistema de jogo, a proteção dada por jogadores mais a frente e a questão psicológica influenciam. Mas o que se sabe é que a queda desse setor do time cruzeirense foi talvez a mais vertiginosa e contribuiu enormemente com o insucesso do time no ano.