Segurança Pública de Minas Gerais ameaça paralisação contra o pagamento parcelado do 13º salário
Grupos ligados a áreas de segurança pública do estado de Minas Gerais – policias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros – se reúnem na manhã desta quarta-feira (30) para discutir estratégias contra o pagamento parcelado do 13º salário, em onze vezes, sempre no primeiro dia útil após o dia 20 de cada mês, anunciado pelo governador Romeu Zema.
Uma manifestação foi marcada para a próxima sexta-feira (1º), em frente à Assembleia Legislativa do estado. A categoria não descarta paralisações pontuais, com a redução da escala de trabalho, ou “operação tartaruga”, conhecida estratégia de protesto em que os serviços são executados de formas mais leita.
Assim que o governo de Minas anunciou a escala de pagamento do 13º salário, a Associação dos Oficiais a Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (AOPMBM) divulgou uma nota de repudio à medida em seu site.
“Lamentavelmente, ontem (28), foi noticiado pelo Senhor Governador de Minas, Romeu Zema, que o 13 salário de 2018 será dividido em 11 parcelas para os servidores do Executivo.
Essa notícia conseguiu piorar o que já era ruim. Como diz o ditado: ‘nada é tão ruim que não possa piora’.
Parece que a Governança não quer enxergar o caos que a medida acarreta. Famílias estão endividadas, com a renda comprometida, problemas de saúde dos servidores decorrentes desta situação e, a desmotivação começa dar sinais nos quarteis na prestação de segurança pública.”, diz trecho do texto assinado pelo coronel Ailton Cirilo da Silva, presidente da associação.
O texto ainda questiona: “Será preciso a adoção de posturas radicais contundentes que comprometam o Estado de direito?”
Uma manifestação, incluindo outras categorias, foi marcada para a próxima sexta-feira (1º), às 14h, em frente à Assembleia Legislativa do estado, mesmo dia e horário em que os deputados estaduais eleitos tomam posse para o novo mandato.