Aécio e Bolsonaro podem mudar panorama da disputa em MG

Quem achou que a disputa para Governador em Minas estava com o quadro definido: Errou!!!!!!!

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A disputa eleitoral de 2022 foi antecipada, seu início se deu ainda em 2021. Isso fez com que essa eleição aparente ser interminável, trazendo a ânsia dos cidadãos por sua conclusão

Foto: Marco Evangelista / Imprensa MG

Na última pesquisa eleitoral vemos Romeu Zema (NOVO) atual governador aparecendo em primeiro lugar com 42% dos votos e Alexandre Kalil (PSD) em segundo com 28% deles.

Foto: Amira Hissa/PBH

A maior parte das análises políticas eleitorais para o governo de Minas levam em consideração somente esses dois pré-candidatos como “viáveis”, estimulando a ideia de um voto útil.

Esse quadro aparece desde as primeiras pesquisas eleitorais, ainda no primeiro semestre de 2021.

Fato que fez com que Kalil (PSD) se movimentasse e fosse eleito como presidente da Frente Mineira de Prefeitos possibilitando que, o então prefeito de Belo Horizonte, viajasse para o interior e tivesse encontro com políticos locais, o tornando menos desconhecido, como político, no interior do estado.

Enquanto Kalil (PSD) já formou sua possível chapa, com Agostinho Patrus (PSD) de vice e Alexandre Silveira (PSD) para senador, Zema (NOVO) deixa seus aliados aflitos com sua aparente inércia e indefinição.

Zema (NOVO) teve de se concentrar em uma disputa dentro do próprio partido, pois o estatuto partidário impede a reeleição, a coligação partidária e o uso do fundo partidário e eleitoral.

O governador conseguiu a autorização para se coligar e tentar se reeleger, além de abrir a possibilidade de utilizar o dinheiro público de campanha, caso seja necessário. Mas continua sem se movimentar por uma razão simples, todas as pesquisas mostram que essa estratégia está funcionando.

Ao deixar as vagas de vice-governador e de Senador abertas, cria ao mesmo tempo uma ansiedade dos aliados políticos e uma maior possibilidade de manobra eleitoral futura. Mas como a eleição nem se iniciou de fato, muitas mudanças ainda irão ocorrer e essa aparência de situação consolidada, que se pretende vender, pode se mostrar falsa.

Alguns movimentos podem mudar o jogo, certamente a declaração, no dia 31 de março, do Deputado Federal Aécio Neves (PSDB) que seu partido irá ter um candidato, por conta de como Zema (NOVO) vem agindo, é um fato político muito importante.

Não se pode cair na armadilha de simplificar a política de forma a não levar em consideração a força da estrutura partidária do PSDB em Minas, tampouco acreditar que as falas de Aécio são irrelevantes.

Vamos lembrar que três dos últimos cinco governos de Minas foram do PSDB. Outa lembrança é que Aécio mostrou sua força nacional ao se opor a Dória, oposição que o Geraldo Alckmin (PSB) não conseguiu exercer o fazendo sair do partido

Outro movimento ocorrido no dia 01 de abril, foi a troca de partido do Senador Carlos Viana, que saiu do MDB e se filiou ao PL.

Como Zema (NOVO) não garantiu ao presidente Bolsonaro (PL) o palanque em Minas, Viana agarrou a oportunidade para ser o candidato de Bolsonaro (PL) no Estado.

Esse fato novo vai dificultar a reeleição de Zema (NOVO), pois boa parte de seu eleitorado é do espectro político bolsonarista, que possivelmente irá migrar para o senador.

leia o texto de opinião completo de Paulo Rocha arrastando a tela.

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