Nesta quinta-feira (8), a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, voltou a ser interditada pela Justiça por falta de condições, como superlotação, entrada de telefones celulares e falta de agentes.
No final do ano passado, a unidade havia sido interditada, impedindo que o presídio recebesse novos detentos. A capacidade da penitenciária de Contagem era de 1.640 presos, entretanto, abrigava cerca de 2.000. Atualmente, abriga, segundo a Justiça, cerca de 2.200.
No início deste ano, um acordo entre a administração prisional (Governo de Minas), o poder judiciário, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Defensoria Pública suspendeu a interdição da Nelson Hungria. Entretanto, o governo devia adotar medidas efetivas, como: combate à entrada de telefones, treinamento de agentes, designação de novos agentes e a retomada de uma escola dentro da unidade.
Porém, de acordo com a Justiça, nenhuma medida pré-estabelecida foi tomada. Ao contrário, os problemas aumentaram. Entre tumulto em visitas, aumento da tentativa de fugas e a falta de agentes. Ainda citaram que, dentro do presídio foi encontrado um túnel para fuga, onde era considerado como um “escritório do crime” dos detentos. Além disso, foi descoberto que o sequestro de uma criança em BH, teria sido coordenado de dentro do presídio, por meio de aparelhos celulares não confiscados.
O secretário de segurança pública, Mario Lúcio Alves de Araújo, ao ser questionado pela Justiça sobre as medidas que deviam ser tomadas, não se pronunciou sobre. O ofício foi encaminhado à direção da unidade.
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