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Deltan Dallagnol, procurador da Lava Jato, responde acusações de jornal

26/07/2019 às 14:04
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Nesta sexta-feira (26), o procurador e coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, rebateu acusações de uma matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo na manhã de hoje. O veículo, em parceria com o site The Intercept Brasil, afirmou ter identificado indícios de que Dallagnol recebeu R$ 33 mil por palestra.

Ainda na manhã desta sexta-feira, em uma entrevista ao jornal da Manhã da rádio Jovem Pan, o procurador afirmou que se afastou das palestras declarando conflito de interesses. O afastamento ocorreu imediatamente após ter descoberto que a empresa de tecnologia onde deu uma palestra em 2018, Neoway, havia sido citada em um acordo de delação da Operação Lava Jato.

Além da entrevista, Deltan divulgou um comunicado oficial à imprensa.

Leia:

“A respeito da matéria que a Folha publicou hoje, o procurador Deltan Dallagnol afirma ter atuado com absoluta correção. Ele não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas aos integrantes da força-tarefa, que são fruto de crime e não tiveram contexto e veracidade confirmados. Sem entrar no conteúdo das mensagens, é importante esclarecer o que ocorreu. Seguem documentos que explicam o ocorrido. É importante agregar informação sobre a linha do tempo: o procurador Deltan Dallagnol jamais participou de negociação ou ato de negociação do acordo de colaboração mencionado na reportagem, que era de responsabilidade da procuradoria-geral da República. Ele não esteve entre os procuradores da força-tarefa designados para atuar no acordo. Assim que tomou conhecimento da menção da empresa Neoway no acordo, o procurador informou os colegas, em meados de 2018. Após o acordo ser homologado pelo Supremo, o termo de depoimento do colaborador sobre a empresa foi enviado para a força-tarefa em Curitiba. Assim que recebido, o procurador, no início de junho deste ano, declarou-se suspeito e o caso foi redistribuído para procurador de fora da força-tarefa. Além disso, por questão de transparência e prestação de contas, o procurador encaminhou ofício ao corregedor do Ministério Público Federal explicando toda a situação. Isso ocorreu logo após o caso descer para Curitiba e antes da divulgação das supostas mensagens. O corregedor, entendendo não haver nada de errado, arquivou o ofício.”

Ainda durante a entrevista, o procurador argumentou que a atividade de palestras é “legal, legítima, reconhecida pelo Conselho Nacional do Ministério Público e corriqueira no meio jurídico”. Segundo Deltan, a maior parte de apresentações que faz são gratuitas e dadas em finais de semana ou feriados.

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