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Rock in Rio #5: bandas de heavy metal serão as atrações de sexta (04/10)

04/10/2019 às 14:09
Tempo de leitura
14 min

O quinto dia do maior festival de música do Brasil, traz diversas bandas de heavy metal ao Palco Mundo, além de diversas atrações no Palco Sunset, New Dance Order, Espaço Favela e no Palco Supernova. O Rock in Rio vem trazendo, nesta edição, diversas atrações que agradam à diferentes públicos, desde o rock alternativo até bandas mais pop’s do atual cenário musical mundial. Entretanto, o line-up do dia quatro de outubro, com uma noite dedicada ao metal, promete nostalgia, euforia e também grandes emoções não só ao público da cidade do rock, como também a aqueles que acompanharão o festival pela televisão. Confira o podcast com o resumo de tudo que acontece nesta sexta (04).

Palco Sunset

Nervosa

Rock in Rio #5 - bandas de heavy metal serão as maiores atrações do dia

Crédito da foto: Renan Facciolo

O power trio de heavy metal feminino Nervosa inaugura as atividades do quinto dia de Rock in Rio, no Palco Sunset. A banda foi formada pela vocalista e guitarrista Prika Amaral, Karem Ramos (guitarra) e a baterista Fernanda Terra em 2010. Mas, um ano mais tarde, Fernanda Lira entrou na banda como baixista, enquanto Karen Ramos deixou a banda.

Em 2012 a banda lançou a sua primeira demo intitulado “Time of Death”, produzido no estúdio Mr. Som, de Marcelo Pompeu e Heros do Korzus. Mas apenas em 2014 o grupo conseguiu lançar seu disco de estreia “Victim of Yourself”. Após isso, Nervosa passa por turnês pela América do Sul, posteriormente, em 2015, pela Europa.

O segundo disco da banda foi lançado em 2016, intitulado “Agony”, e em 2018 tem-se o seu terceiro álbum “Downfall of Mankind”. Uma das coisas interessantes do grupo é contar com uma voz gutural e ter suas letras, em maioria, trazendo questões sociais e políticos do Brasil. E ainda em 2019, o Nervosa foi escolhido como o primeiro grupo brasileiro a ser escalado para a edição do trigésimo aniversário do Wacken Open Air, o maior festival de heavy metal do planeta, que acontecerá em 2020.

Torture Squad & Claustrofobia convidam Chuck Billy (Testament)

Rock in Rio #5 - bandas de heavy metal serão as maiores atrações do dia

Crédito da foto: Facebook/Torture Squad

A segunda atração do Palco Sunset trata-se da banda de death metal paulista Torture Squad. Formada em 1990, a banda começou a se movimentar dentro do underground na cidade de São Paulo. E seu primeiro disco só foi lançado em 1998, chamado “Shivering”, junto da gravadora Destroyer Records.

A banda, já começando a se movimentar, inicia sua caminhada dentro da cena de rock estremo do país. Até que lançaram “Asylum of Shadows” em 1999, e, posteriormente, o “The Unholy Spell” em 2001. Mas em 2002, o Torture Squad se aproxima do Krisiun, chegando a ter Maurício Nogueira, ex-guitarrista do Krisiun, para tocar no próximo trabalho “Pandemonium” de 2003. O álbum foi gravado nos Estúdios Mr. Som, e produzido pelos integrantes do Korzus, Marcello Pompeu e Heros Trench.

O Torture Squad já passou por várias formações, sendo bem conturbada internamente. Entretanto, tiveram bastante sucesso na Europa, já saindo em turnê junto de de duas lendas do thrash metal mundial, Overkill e Exodus. Além de tudo isso, são oito discos de estúdio lançados, dois álbuns ao vivo e três EP’s.

Se juntando ao Torture Squad, outra banda paulista de death metal dos anos 1990 aparece no Palco Sunset do Rock in Rio, trata-se da Claustrofobia. A banda, que também veio do underground extremo de São Paulo, figura como uma das mais importantes bandas de thrash/hardcore/death metal do Brasil, além de ter tocado em lugares internacionais, como na América do Sul e Europa. Também já fez turnês dividindo o palco com bandas como Sulfly, Destruction, In Flames, Brujeria, Napalm Death, Vader, Krisiun, Helmet, Hate Eternal, Ratos de Porão, Paul Di Anno, Sepultura e Kreator. São seis discos de estúdio lançados, além de um EP.

E para completar o encontro da segunda atração do Palco Sunset no dia dedicado ao metal, Chuck Billy se junta ao Torture Squad e Claustrofobia. Ele é vocalista de uma das bandas fundadoras da cena de thrash metal da Baía de São Francisco, o Testament. Embora a formação da banda tenha mudado bastante ao longo dos anos, Chuck Billy permanece como vocalista até hoje. São 16 discos da banda norte-americana com a voz de Chuck.

Anthrax

Rock in Rio #5 - bandas de heavy metal serão as maiores atrações do dia

Crédito da foto: Facebook/Anthrax

A terceira atração do Palco Sunset no Rock in Rio fica por conta de uma das bandas mais influentes no cenário do thrash metal dos anos 80, notáveis pela sua combinação de metal com hardcore punk e música alternativa, trata-se de Anthrax. O conjunto, vindo dos Estados Unidos, teve seu nome inspirado em  uma bactéria chamada “Bacillus anthracis” que os integrantes encontraram em um livro de biologia.

O Anthrax começou a fazer suas primeiras apresentações no porão de uma igreja. A formação da banda contava com Scott Ian como segundo guitarrista, Danny Lilker no baixo, Dave Weiss na bateria, John Connelly no vocal e Kenny como primeiro guitarrista. Entretanto, no início de 1983,  a banda passou por suas primeiras mudanças na formação: saíram Kenny e Dave, entrando Paul Kahn e Gregg D’Angelo em seus lugares respectivamente.

Atualmente, a banda conta com Scott Ian na guitarra, Charlie Benante na bateria, Frank Bello no baixo, Joey Belladona na voz e Jonathan Donais na guitarra. O Anthrax soma 11 discos lançados: “Fistful of Metal” (1984), “Spreading the Disease” (1985), “Among the Living” (1987), “State of Euphoria” (1988), “Persistence of Time”(1990), “Sound of White Noise” (1993), “Stomp 442” (1995), “Volume 8: The Threat is Real” (1998), “We’ve Come for You All” (2003), “Worship Music” (2011), “For All Kings” (2016).

Para se ter ideia do tamanho do Anthrax, a banda já faturou um Grammy Award com a música “I’m Alive” na categoria Melhor Performance de Hard Rock/Metal. Além disso, fez turnê em conjunto com o Iron Maiden em “The Book of Souls World Tour”. E ainda, faz parte do “Big Four”, que são as nomeadas quatro maiores bandas de trash metal do mundo, se juntando ao Metallica, Slayer e Megadeth.

Slayer

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Falando de “Big Four”, outro pilar do trash metal mundial sobe ao Palco Sunset, como headliner, trata-se do Slayer. Outra banda vinda dos Estados Unidos, também no início dos anos 1980, foi formada pelos guitarristas Jeff Hanneman e Kerry King. O conjunto ganhou notoriedade a partir do trabalho “Reign in Blood” de 1986, sendo considerado “o álbum mais pesado de todos os tempos”.

O estilo musical de Slayer parte de rápidos e complexos riffs e solos de guitarra, em escalas irregulares, pedal duplo na bateria e vocais de tons que vão de técnicas guturais até falsetes. Juntando com todo esse peso sonoro, as letras retratam temas como satanismo, serial killers, religião e guerra. Isso acarretou em diversos problemas para a banda, como proibições de lançamentos de discos, atraso em turnês, processos judiciais e além de várias críticas no ambiente social. Entretanto, sua música tornou-se altamente influente, sendo frequentemente citada por muitas bandas como uma influência musical, visual e lírica.

São mais de 30 anos de carreira, com dois discos ao vivo lançados, dois EPs e 11 álbuns de estúdio. Já receberam um disco de ouro pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA), além de faturarem cinco Grammys na categoria Melhor Performance de Metal. O Slayer já ultrapassou décadas sendo uma das maiores bandas de metal extremo do mundo, passando por vários festivais gigantes, inclusive o Rock in Rio. Entretanto, em 2018 eles anunciaram que sua próxima turnê seria de despedida, acabando provavelmente ainda em 2019 ou 2020.

Palco Mundo

Sepultura

Rock in Rio #5 - bandas de heavy metal serão as maiores atrações do dia

Crédito da foto: Facebook/Sepultura

Abrindo o Palco Mundo do Rock in Rio no quinto dia de festival, a banda consagrada no cenário do metal, Sepultura, entra em ação. O conjunto, criado em 1984, em Belo Horizonte, pelos irmãos Max e Igor Cavalera, é considerada uma das bandas mais influentes do gênero, tendo falas de que inspirou outros grupos como Korn e Slipknot.

O nome Sepultura foi escolhido quando Max Cavalera traduzia uma canção do Motörhead chamada “Dancing on Your Grave”. No caso, “grave” é a palavra anglófona para “sepultura”. Originalmente, o conjunto era formado por Igor Cavalera na bateria, Max Cavalera na guitarra, Paulo Jr. no baixo e Wagner Lamounier na guitarra e vocal. Em 1985, Wagner deixa o grupo para formar o Sarcófago, Max assume os vocais, e Jairo Guedez entra como segundo guitarrista. E em 1987, o Jairo sai e Andreas Kisser entra em seu lugar, estabelecendo a formação clássica que duraria dez anos. Atualmente, a formação da banda traz o americano Derrick Green no vocal, e na bateria Eloy Casagrande, ficando Andreas como guitarrista único.

O estilo musical do Sepultura é algo muito interessante, pois se assemelha ao trash metal e ao death metal, mas compõem com um elemento de percussão a mais, tem o baixo com um certo groove. Isso fez com que, posteriormente, na década de 1990, fosse criado o estilo popular nu metal. A banda já lançou 14 álbuns de estúdio e cinco EPs, vendendo aproximadamente 50 milhões de unidades mundialmente, ganhando vários discos de ouro e platina em todo o mundo, inclusive em países como França, Austrália, Estados Unidos e Brasil.

Halloween

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A segunda atração do Palco Mundo na noite dedica ao metal fica por conta da banda de power e speed metal Halloween. Fundada em 1984 na Alemanha, a banda possui mais de 30 anos de carreira e vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo, até hoje.

A banda é composta por Andi Deris no vocal, Dani Löble na bateria, Sascha Gerstner na guitarra, Michael Weikath também na guitarra e Markus Grosskopf no baixo, sendo esses dois últimos membros fundadores, junto com Kai Hansen e Ingo Schwichtenberg já falecido. Em 2016, Michael Kiske e Kai Hansen foram reincorporados ao conjunto.

São 15 discos lançados pela banda, tendo o “Keeper of the Seven Keys Part.2” (1988) faturando um disco de ouro na Alemanha, “Master of the Rings” (1994) ganhando outro no Japão, o que se repetiu nos dois trabalhos posteriores, o “The Time of the Oath” (1996) e “Better than Raw” (1998). O Halloween, recentemente, anunciou o lançamento de um novo álbum completo de inéditas em estúdio, no ano de 2020, após o lançamento do próximo CD/DVD/Blu-Ray ao vivo da “Pumpkins United World Tour”, em 2019.

Scorpions

Rock in Rio #5 - bandas de heavy metal serão as maiores atrações do dia

Crédito da foto: Facebook/Scorpions

A próxima banda a agitar o público metaleiro do Rock in Rio fica por conta de mais um grupo alemão, trata-se do Scorpions. O conjunto vindo de Hannover, foi fundada em 1965 pelos irmãos e guitarristas Michael Schenker e Rudolf Schenker, sendo a primeira banda de hard rock formada no país germânico. Primeiramente, o nome era “The Nameless”, depois passou para The Scorpions, até chegar em Scorpions.

O primeiro álbum do Scorpions foi “Lonesome Crow” (1972), com os irmãos Rudolf e Michael Schenker nas guitarras. Porém, no ano seguinte, Michael deixa a banda para se ingressar no UFO, sendo substituído por Uli Jon Roth, que gravou os discos “Fly the Rainbow” (1974), “In Trance” (1975), “Virgin Killer” (1976) e “Traken by Force” (1977). Mas após isso, o guitarrista também deixou a banda.

Depois de Roth, outro alemão assume a guitarra, trata-se de Matthias Jabs. Em 1979, o Scorpions começa a se ingressar no mercado norte-americano com o disco “Lovedrive” (1979), que chegou a receber o disco de ouro no país. O mesmo aconteceu com “Animal Magnetism” (1980), “Blackout” (1982), “Love at First Sting” (1984) e “Savage Amusement” (1988).

Na década de 1990, o Scorpions alcança um status de banda alemã de maior sucesso, o que foi dando um toque mais suave ás suas canções, caso de “Pure Instinct” (1996) e “Eye II Eye” (1999), além dos trabalhos sinfônicos e acústicos dos anos 2000 em “Moment of Glory”.

Ao longo de mais de 50 anos de carreira, o Scorpions lançou 20 discos de estúdio, seis álbuns ao vivo e 12 coletâneas. Uma das curiosidades sobre as capas dos LPs da banda, na década de 1970, é que foram censurados por mostrarem explicitamente seios de mulheres, como em “In Trance”.

A revista Billboard já listou em seu “Top 100 hits hard rock“, as músicas da banda alemã “Still Loving You”, “Rock You Like Hurricane” (que também foi classificado como a décima oitava melhor música hard rock pelo canal televisivo VH1), Rhythm of Love” e “No One Like You”. Além disso, a canção “Wind of Change” foi a balada de maior sucesso na Alemanha, ficando 55 semanas consecutivas nas paradas do país. E ainda, numa somatória estimativa, é constatado que agregando álbuns de estúdio, compilações e singles do conjunto, resulta-se num total de 3147 semanas nas paradas em mais de 30 países.

Iron Maiden

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O headliner da noite dedicado ao metal no Rock in Rio não poderia ser diferente. Para fechar o quinto dia de festival, o espetáculo de Iron Maiden para os metaleiros brasileiros. A banda britânica, formada em 1975, traz uma aula de heavy metal cru em suas apresentações. A fundação do conjunto foi feita a partir do baixista Steve Harris. O nome “Iron Maiden” surgiu a partir do homônimo de um instrumento de tortura medieval que aparece no filme “O Homem da Máscara de Ferro”, baseado na obra do romancista francês Alexandre Dumas.

O Iron Maiden chegou a atingir o grande sucesso em 1980, quando uma base de fãs crescia em forma veemente. Em 1982, com o “The Number of the Beast”, a banda chegou à uma fama gigantesca pelo mundo inteiro, emplacando uma sequência de álbuns multi-platina que se tornaram obras clássicas do heavy metal.

Entretanto, a voz poderosa de Bruce Dickinson não foi a primeira a ingressar na banda, de 1978 a 1981, Paul Di’Anno era o vocalista da banda, porém foi demitido por uso excessivo de cocaína e falta de comportamento nos palcos. Daí então Bruce ingressa no conjunto e se torna um frontman muito reconhecido pelo mundo da música. Entretanto, no começo da década de 1980, Bruce decide seguir sua carreira solo, sendo substituído por Blaze Bayley, que posteriormente foi demitido por mal desempenho vocal.

Em 1999, Bruce Dickinson retorna à banda e volta a trazer glória ao Iron Maiden, que posteriormente adquiria o avião próprio do grupo, com o vocalista sendo o piloto. Outro fato curioso é o conjunto ter seu mascote, chamado “Eddie the Head”. Ele é uma figura constante nas capas dos álbuns e shows do Maiden. O desenhista Derek Riggs se baseou em uma propaganda de guerra publicada durante a Guerra do Vietnã para desenhar Eddie.

Com mais de 40 anos de carreira, o Iron Maiden soma 16 álbuns de estúdio, seis discos ao vivo e vários compactos, se tornando uma das bandas mais bem sucedidas da história do heavy metal, tendo vendido cerca de 100 milhões de discos no mundo todo, e também já terem sido coroados com vários discos de ouro e platina. Além disso, o Iron está na Calçada da Fama do Rock de Hollywood, e ainda, ganharam um Grammy na categoria Melhor Performance de Metal com a música “El Dorado” do disco “The Final Frontier” de 2010. E em 2009, Maiden foi eleita a melhor banda ao vivo de 2009 pelo Brit Awards.

Confira o podcast sobre o dia de Rock Alternativo no Rock in Rio aqui.