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Em semana sem jogos, Abel precisa rever alguns conceitos

13/11/2019 às 13:11
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Após quase dois meses jogando no meio e no fim de semana, o Cruzeiro de Abel Braga terá a chamada “semana cheia” para se preparar para a próxima partida, que será disputada somente na próxima segunda-feira (18), contra o lanterna Avaí. O tempo livre para trabalhar vem num momento importante, onde o time mineiro conquistou somente três dos últimos nove pontos disputados e precisa, urgentemente, melhorar seu aproveitamento.

Apesar do Cruzeiro ter melhorado seu rendimento e aproveitamento nas mãos de Abel Braga, algumas escolhas do treinador têm sido questionadas nos últimos jogos. A insistência em Fred e Thiago Neves até o final das partidas, as muitas chances a Robinho, a continuidade de Egídio no time titular até sua lesão e as frequentes entradas de jogadores como o ponta Ezequiel em detrimento de jovens talentos da base incomodam o torcedor e prejudicam a equipe dentro de campo.

Há de se levar em conta também que a sequência importante e pesada de jogos pode interferir muito nas escalações do time. É mais difícil o treinador testar e experimentar coisas novas quando a cada três dias se tem uma decisão em um lugar diferente do Brasil. Talvez isso explique a preferência de Abel por manter a base que vem jogando desde o início do ano.

Escolhas questionáveis

O jogador mais criticado do time no momento é o atacante Fred. Poucos gols, a maioria destes de pênalti, zero movimentação, nenhuma entrega e participação nula no jogo fazem o atacante ter sua cadeira cativa no time titular questionada. Inclusive, raramente o jogador é substituído. Sassá só jogou quando o 9 foi suspenso, e ainda assim não aproveitou a chance, sendo expulso. Mas apesar do vacilo do camisa 99, este ainda apresentou mais que o titular da posição nas oportunidades que teve.

Outros atletas que vêm sendo criticados são os meias Robinho e Thiago Neves. Os dois jogadores não vivem grande fase e o primeiro citado, inclusive, foi para o banco de reservas. A questão é que mesmo em péssimo momento, o camisa 19 sempre é escolhido para jogar, seja substituindo um dos titulares ou entrando na segunda etapa. Já o camisa 10 geralmente fica muitos minutos em campo, inclusive quando não está bem, como se tivesse cadeira cativa.

Outra crítica ferrenha é a Egídio, que precisou de se lesionar para sair do time, mesmo tendo vindo de atuações constantemente ruins. Dodô ainda não mostrou a que veio, mas não precisou de fazer muito para se sobressair ao camisa 6.

As substituições de Abel Braga também têm sido questionadas pela torcida do Cruzeiro. A insistência em Ezequiel, jovem meia contratado por Rogério Ceni e que já demonstrou não ter a mínima condição de vestir a camisa celeste, é quase que inexplicável. Enquanto o jogador, que tem como melhor momento na Raposa uma bola na trave quando ele tentou cruzar, recebe diversas oportunidades, atletas da base que se destacaram, como o meia Maurício, que inclusive já fez bons jogos e até gol importante pelo time celeste, passa a ser cada vez menos lembrado. Outros, como o ponta Caio Rosa, convocado para a Seleção Sub-20, nem promovido ao time de cima é.

Em semana sem jogos, Abel precisa rever alguns conceitos

Pelo que apresentou no Cruzeiro até agora, Ezequiel poderia bem estar no outro lado do jogo treino – Crédito da foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Tempo para observação

Por isso é de grande importância a “semana cheia”, para que, se o tempo escasso de trabalho for a causa das opções controversas de Abel, ele possa observar novos jogadores, formações e opções. Agora se as escolhas continuarem como estão, será mais forte a suspeita de escalação por nomes e cadeiras cativas, que podem levar o time “para o buraco”.

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