Menu

Fundador da Máfia Azul protege família atleticana de violência antes do clássico entre Atlético e Cruzeiro

"Nunca passei tanto aperto na minha vida", contou a torcedora do Atlético.
04/04/2022 às 14:34
Tempo de leitura
2 min
Foto: Twitter/Juliana Fonseca
Foto: Twitter/Juliana Fonseca

O clássico entre Atlético e Cruzeiro foi disputado no sábado, 2 de abril, no Mineirão, com torcida dividida em meio a meio, o que deixou muitos apreensivos com a possibilidade de conflito entre os torcedores, levando em consideração o histórico de briga envolvendo torcidas organizadas em Minas e no Brasil inteiro. Mas um caso que aconteceu no entorno do Gigante da Pampulha, momentos antes da decisão do Campeonato Mineiro de 2022, mostrou justamente o contrário do que muitos esperam vindo de torcidas organizadas.

Juliana Fonseca, de 42 anos, atleticana, estava com seus dois filhos – Bernardo, de 13 anos, e Theo, de 11 – em um campeonato de futebol infantil na Pampulha. Após o jogo, ela pegou o carro e foi deixar sua irmã no bairro Ouro Preto. Mesmo sabendo da final do Campeonato Mineiro, ela passou próximo à Avenida Presidente Carlos Luz (Catalão), ponto de encontro da torcida cruzeirense.

“Jamais seria intencional passar por ali, mas quando vi o que me esperava não tinha mais volta, segui o fluxo. Fomos muito hostilizados, a toda hora alguém gritava pra ‘vazar’ que ia sair tiro, direcionaram foguetes no carro. Filhos com medo e eu apavorada. O carro foi apedrejado. Aí surge um anjo, Éder Toscanini. Ele me deu a mão, disse que se morressem quatro, iriam morrer cinco. Eu nunca vou esquecer. Eu nunca passei tanto aperto na minha vida”, relatou Juliana em sua conta pessoal no Twitter.

Éder Toscanini é o fundador da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro. Ele escoltou o carro na passagem por aquele local. “Quero agradecê-lo em público, dizer que você tem toda a minha admiração e respeito. O ódio está entranhado na sociedade e atitudes assim, me faz crer que a gente tem saída. Obrigada, Éder! Jamais vou esquecer, você é de uma grandeza absurda”, complementou Juliana Toscanini.

Ao Superesportes, Éder Toscanini contou que também foi hostilizado por um torcedor cruzeirense por fazer a escolta. O fundador da Máfia Azul defende o fim da guerra entre torcidas, que se tratavam de mulheres e crianças. “Fiz tudo de coração, chega desta violência entre Cruzeiro e Atlético, a gente precisa de um novo entendimento entre as torcidas”, disse.