No discurso de eliminação de Arcrebiano nessa terça-feira (09), Tiago Leifert, apresentador do Big Brother Brasil, tentou dar uma dica muito importante aos participantes: a de que o reality há muito tempo já deixou de ser somente a busca por R$ 1,5 milhão.
Antes de anunciar a saída de Bill, Leifert lembrou que, no BBB, muitos participantes que já passaram pelo programa e não venceram são mais lembrados do que os próprios campeões. O apresentador não mentiu!
Felipe Prior, Babu e Manu Gavassi, do BBB20; Ana Paula Renault, do BBB 16; Kaysar e Ana Clara, do BBB18. Esses são alguns, os mais recentes, de uma vasta lista de participantes que após a saída do programa continuam com destaque na mídia.
Apesar do discurso de Leifert ter sido direcionado para Arcrebiano, ele é válido para diversos participantes do grupo Pipoca da edição 21 do programa, como Arthur, Thaís, Lumena, João Luiz, Caio, e até mesmo para participantes do grupo Camarote menos famosos, casos de Rodolffo e Camilla de Lucas. Esses participantes do BBB21 ainda não entenderam que eles precisam sair da defensiva ou da sombra dos famosos e se apresentarem para o público, ao invés de contar com a sorte de ter o apoio do público dos famosos como Projota, Fiuk e Karol Comká. Até mesmos esses famosos só agora estão tendo destaque em horário nobre na maior emissora brasileira na história de suas carreiras artísticas e buscam nisso m a oportunidade de ampliarem os seus públicos. Eles estão lá justamente pra isso. Projota, com alguns shows no mês, fatura mais do que R$ 1,5 milhão, mas enxerga no programa de vincular seu nome ao público em médio e longo prazo, valorizando a marca “Projota”, pois estamos falando da maior audiência da TV brasileira durante três meses.
Perder a oportunidade de mostrar quem realmente é, e assim cativar o público, pra ficar cochichando aos cantos, dormir e comer no programa dará a esses participantes o selo de ex-bbb que nunca mais ouviremos falar. Os anônimos que entraram no programa precisam buscar o seu espaço ao Sol, e isso não acontecerá com eles mesmos dando mais espaço aos “famosos”.
Na era das redes sociais, ganhar R$ 1,5 milhão sendo eliminado na segunda semana do programa não é algo impossível. Se o participante tiver tido o mínimo de destaque e visibilidade no programa, mostrando autenticidade, o público ficará curioso para saber mais sobre o participantes e passará a segui-lo nas redes sociais.
Juliette, por exemplo, que demonstrou desde o início ser uma pessoa de personalidade forte e excêntrica, iniciou o programa com 5 mil seguidores no Instagram e hoje já acumula mais quase 7 milhões de seguidores. Juliette não foi para ser sombra, capacho ou influenciada por ninguém, aliás, os seus aliados mais próximos do game são Sarah e Gilberto, outros dois brothers que já descobriram o caminho das pedras do programa e que juntos já possuem mais de 7 milhões de seguidores. Qualquer um desses três que saírem já terão nas sua portas uma fila de empresas querendo vincular a marca à personalidade desses participantes, que poderão faturar alto com publiposts e com convites para participação em eventos. Em contrapartida, o que vai faturar o participante “planta” que não quer se envolver no programa para assegurar sua permanência por mais tempo?
O prêmio de R$ 1,5 milhão só será conquistado por uma pessoa em 20. Mais vale sair na primeira semana polarizado do que ir até a final sem ser notado e perder o prêmio. Essa é a verdadeira essência do novo BBB, o BBB da era da internet. Ser planta não é vantagem alguma. Tiago Leifert e os desdobramentos das últimas edições já deixaram isso muito claro, mas o medo do Paredão parece neutralizar a maioria do grupo Pipoca.