Estamos no Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, e nesta terça (10) é observado o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Em 2003, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e a Organização Mundial da Saúde criaram esse dia com o objetivo de prevenir o suicídio por meio de atividades e estratégias adotadas em todo o mundo.
Esse é o Dia D do mês que reforça a importância do setembro amarelo, da valorização da vida e da conscientização sobre ela.
Cerca de 600 atividades em 70 países do mundo são realizadas para conseguir evitar suicídios. Professores, educadores, psicólogos e demais, podem e devem agir para combater e dar apoio às pessoas que estão pensando em tirar suas vidas. Por isso, a Secretaria da Educação elaborou o Manual do Dia D para pessoas ligadas à educação poderem ter como apoio nesse trabalho. O objetivo é dar informações e orientações necessárias para realizar as atividades desse dia, promovendo discussões e reflexões dentro do ambiente escolar.
Algumas sugestões de ações educativas, atividades pedagógicas, gincanas e jogos lúdicos são sugeridos no manual. Todos eles têm o intuito de promover debates e a conscientização sobre a prevenção ao suicídio.
Dados
Segundo uma pesquisa do Centro de Valorização à Vida (CVV), o suicídio é a segunda maior causa de morte de jovens entre 15 e 24 anos. A primeira causa são os acidentes.
Todos os anos, cerca de milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo, ou seja, uma morte a cada 40 segundos. Entre 10 e 20 milhões de pessoas tentam suicídio todo ano. A cada pessoa que executa, outras 20 tiveram tentativas.
Por isso, o suicídio é um problema de saúde pública. É um problema de todos nós.
Como ajudar
Várias coisas podem desencadear a depressão e o suicídios, sejam elas por momentos de impulsividade diante momentos de crise, como surtos de estresse, ou por problemas financeiros, perda de ente querido, separação, doença, etc.. Um ponto principal é não julgar, porque o que não dói em você, não quer dizer que não deva doer no outro.
A primeira coisa que pode ser feita para ajudar, é a conversa. Falar sobre o assunto é o primeiro caminho para conseguir ajudar alguém que sofre. “Em primeiro lugar é preciso reconhecer que é uma conversa difícil. Não é uma conversa que temos todos os dias. Então, você vai ficar nervoso e isso é normal. O importante é ouvir e não julgar.”
E falar sobre suicídio é quebrar um tabu que existe há muito tempo. É importante expor essa ferida para que ela possa ser curada. “Você não precisa ser um profissional de saúde para apoiar alguém que está em risco. Só precisa ser alguém que está preparado para ter a conversa”, diz a ex primeira-ministra Julia Gillard, da organização australiana Beyond Blue.
Mas, além da conversa, também é necessário ajudar a pessoa a procurar ajuda profissional. Remédios e terapia são fundamentais, tendo em vista que a maioria dos casos são gerados por quedas ou desequilíbrio na saúde mental, como depressão e ansiedade.
E, tão importante quanto tudo isso é lembrar que a prevenção ao suicídio deve ser diária, não só em setembro.
A cor amarela
Essa cor foi adotada na campanha devido a tragédia do jovem americano Mike Emme, de 17 anos, que tirou a própria vida em 1994 dirigindo seu carro amarelo. Em seu funeral, amigos e familiares distribuíram cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio a pessoas que estivessem pensando em fazer o mesmo que ele.