O curta-metragem Arte da Guerra, idealizado por Mirian dos Santos (Bad Miroca) e Paulo Rogério (Aquiles), está sendo finalizado em Mariana, Minas Gerais. Com filmagens concluídas no início de julho, a produção audiovisual segue agora para a fase de pós-produção e ainda não tem data definida para estreia.
Selecionado por meio do Edital de Chamamento nº 001/2024 da Lei Paulo Gustavo – Audiovisual, promovido pela Secretaria de Cultura, Patrimônio Histórico, Turismo e Lazer de Mariana, o projeto mergulha nos desafios enfrentados por artistas periféricos e independentes que transformam a arte em uma ferramenta de sobrevivência, expressão e resistência.
Escrevivência em cena: entre a vida e a ficção
Com roteiro, direção e atuação de Bad Miroca, e produção geral assinada por Aquiles, Arte da Guerra parte do conceito de escrevivência, cunhado pela escritora mineira Conceição Evaristo. A proposta é misturar realidade e ficção, trazendo à tela os conflitos, sonhos e batalhas diárias de cinco personagens: Bad Miroca, Aquiles, Bomblack, Kete e Killa.
O filme percorre uma narrativa em que os protagonistas enfrentam as pressões sociais, o racismo estrutural e a precariedade do trabalho artístico, mas também criam espaços de respiro através da poesia, do hip-hop, da espiritualidade, da capoeira e de outras linguagens culturais de resistência.
“É o show, é fazer o dinheiro ‘pra’ pagar as contas, é cantar, treinar, escrever, fazer freestyle, fazer reunião, ajudar os amigos. Não tem nada na nossa vida que não seja arte da guerra”, afirma Aquiles. Mirian complementa: “[Arte da guerra] é viver num mundo onde você precisa fazer arte ‘pra’ respirar. Sendo batalhadora, é o meu destino”, e questiona: “mas quem quer viver num cenário de guerra o tempo todo?”.

Uma guerra cotidiana marcada por ancestralidade
A produção não apenas documenta a realidade de quem vive da arte em contextos marginalizados, mas também propõe uma crítica ao sistema. Ao utilizar a metáfora da guerra, os realizadores escancaram a batalha silenciosa e constante dos corpos racializados e periféricos para garantir o mínimo: expressão, espaço e existência.
O filme também é um testemunho coletivo de como a arte se conecta com forças ancestrais e espirituais. Nesse sentido, a linguagem do curta vai além do enredo linear, assumindo formas visuais e sonoras que traduzem o cotidiano como campo de batalha — onde a sobrevivência é sinônimo de criação.
Acompanhamento e expectativas
Embora ainda não tenha uma data oficial de estreia, os interessados já podem acompanhar os bastidores da produção pelo Instagram oficial: @art3dagu3rra. O perfil divulga atualizações do processo, bastidores e ações relacionadas à circulação do filme.
O curta-metragem é uma produção independente da Manifesto Produtora, e tem contato direto com o público e a imprensa pelos canais:
- E-mail: [email protected]
- Direção (Mirian dos Santos): (31) 97218-2474
- Produção (Paulo Rogério / Aquiles): (31) 98317-2506
- Assessoria de imprensa (Marina Ferreira): (31) 99280-4865
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