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Mariana-MG perdeu mais de mil empregos formais em 2025; Ouro Preto criou mais de 2 mil

Rodolpho Bohrer
Mariana-MG perdeu mais de mil empregos formais em 2025; Ouro Preto criou mais de 2 mil
Construção civil foi o setor que mais perdeu postos formais em Mariana

Apesar de pertencerem à mesma região e compartilharem bases econômicas semelhantes, os municípios de Mariana e Ouro Preto apresentaram trajetórias opostas no mercado de trabalho formal em 2025.

Dados do Painel de Informações do Novo CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que Mariana tem no ano um saldo negativo de 1.122 empregos, enquanto Ouro Preto acumulou 2.463 novas contratações líquidas no mesmo período.

Apesar de pertencerem à mesma região e compartilharem bases econômicas semelhantes, os municípios de Mariana e Ouro Preto apresentaram trajetórias opostas no mercado de trabalho formal em 2025.
Dados do Painel de Informações do Novo CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que Mariana encerrou setembro com saldo negativo de 1.122 empregos, enquanto Ouro Preto acumulou 2.463 novas contratações líquidas no mesmo período.

No cenário estadual, Minas Gerais manteve desempenho favorável, com saldo positivo de 164.634 postos formais, reforçando o contraste entre os dois municípios históricos da Região dos Inconfidentes.

📊 Tabela comparativa – Emprego formal (jan-set 2025)
Indicador	Mariana	Ouro Preto	Minas Gerais
Admissões	10.148	11.424	2.231.122
Desligamentos	11.270	8.961	2.066.488
Saldo de empregos	-1.122	+2.463	+164.634
Estoque total de empregos	18.676	21.040	5.074.804
Setor com pior desempenho	Construção civil (-1.703)	Pequenas perdas em comércio	Comércio e serviços em alta
Variação relativa	-5,67%	+13,3%	+3,2%
🏗️ Construção civil derruba saldo de Mariana

O principal fator para o resultado negativo em Mariana foi o setor da construção civil, que apresentou queda de 1.703 vagas entre janeiro e setembro.
O município registrou 10.148 admissões e 11.270 desligamentos, o que resultou em retração generalizada, especialmente entre trabalhadores de ensino médio completo e com idades entre 30 e 49 anos — faixa etária que concentrou quase 70% das demissões líquidas.

Os dados indicam que as obras e contratações temporárias no setor minerário não foram suficientes para compensar o desaquecimento de outras atividades ligadas à infraestrutura e à indústria local.

🧾 Ouro Preto segue trajetória inversa

Na direção oposta, Ouro Preto apresentou crescimento contínuo do emprego formal, com 11.424 contratações e 8.961 desligamentos, resultando em saldo positivo de 2.463 vagas.
A performance foi impulsionada principalmente pelo setor de serviços e pela indústria de transformação, além de contratações no setor educacional, ligadas ao calendário universitário e a atividades de extensão da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Segundo a análise do CAGED, os melhores meses para Ouro Preto foram maio e julho, quando o saldo de empregos ultrapassou as 600 vagas mensais.

🏢 Minas Gerais mantém saldo expressivo

Em nível estadual, Minas Gerais apresentou mais de 2,2 milhões de admissões e 2,06 milhões de desligamentos até setembro, garantindo um saldo de 164,6 mil empregos formais e um estoque superior a 5 milhões de trabalhadores.
Mesmo com oscilações pontuais — principalmente em abril e agosto —, o estado manteve a terceira melhor performance nacional, atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina.

Os dados indicam que os setores de comércio e serviços foram os principais responsáveis pelo crescimento do emprego em Minas, compensando a desaceleração da construção civil e da agropecuária em algumas regiões.

📉 Contraste regional

A distância entre os resultados de Mariana e Ouro Preto é simbólica para o contexto regional.
Enquanto uma cidade enfrenta queda de 5,6% no estoque de empregos, a outra mostra avanço consistente e mantém índice positivo de 13,3% no mesmo recorte.
A diferença reflete o impacto de fatores como diversificação econômica, presença de instituições de ensino e turismo e a dependência de grandes obras no caso marianense.

🧭 Perspectivas

Economistas locais apontam que a recuperação de Mariana depende da retomada de investimentos em infraestrutura e da diversificação da base produtiva.
Painel do Novo CAGED mostra queda de empregos em Mariana e alta em Ouro Preto
Painel do Novo CAGED mostra queda de empregos em Mariana e alta em Ouro Preto

No cenário estadual, Minas Gerais manteve desempenho favorável, com saldo positivo de 164.634 postos formais, reforçando o contraste entre os dois municípios históricos da Região dos Inconfidentes.

Tabela comparativa – Emprego formal (jan-set 2025)

IndicadorMarianaOuro PretoMinas Gerais
Admissões10.14811.4242.231.122
Desligamentos11.2708.9612.066.488
Saldo de empregos-1.122+2.463+164.634
Estoque total de empregos18.67621.0405.074.804
Setor com pior desempenhoConstrução civil (-1.703)Pequenas perdas em comércioComércio e serviços em alta
Variação relativa-5,67%+13,3%+3,2%

Construção civil derruba saldo de Mariana

O principal fator para o resultado negativo em Mariana foi o setor da construção civil, que apresentou queda de 1.703 vagas entre janeiro e setembro.

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O município registrou 10.148 admissões e 11.270 desligamentos, o que resultou em retração generalizada, especialmente entre trabalhadores de ensino médio completo e com idades entre 30 e 49 anos, faixa etária que concentrou quase 70% das demissões líquidas.

Os dados indicam que as obras e contratações temporárias no setor minerário não foram suficientes para compensar o desaquecimento de outras atividades ligadas à infraestrutura e à indústria local.

Ouro Preto segue trajetória inversa

Na direção oposta, Ouro Preto apresentou crescimento contínuo do emprego formal, com 11.424 contratações e 8.961 desligamentos, resultando em saldo positivo de 2.463 vagas.

A performance foi impulsionada principalmente pelo setor de serviços e pela indústria de transformação, além de contratações no setor educacional, ligadas ao calendário universitário e a atividades de extensão da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Segundo a análise do CAGED, os melhores meses para Ouro Preto foram maio e julho, quando o saldo de empregos ultrapassou as 600 vagas mensais.

Minas Gerais mantém saldo expressivo

Em nível estadual, Minas Gerais apresentou mais de 2,2 milhões de admissões e 2,06 milhões de desligamentos até setembro, garantindo um saldo de 164,6 mil empregos formais e um estoque superior a 5 milhões de trabalhadores.

Mesmo com oscilações pontuais, principalmente em abril e agosto, o estado manteve a terceira melhor performance nacional, atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina.

Os dados indicam que os setores de comércio e serviços foram os principais responsáveis pelo crescimento do emprego em Minas, compensando a desaceleração da construção civil e da agropecuária em algumas regiões.

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Diretor geral, graduando de jornalismo e redator de cidades e política.