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CAPA Entretenimento TV

A atuação de Paolla Oliveira e a sensibilidade ao retratar o alcoolismo como doença em Vale Tudo

João Paulo Silva Por João Paulo Silva
2 de agosto de 2025
em TV
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A atuação de Paolla Oliveira e a sensibilidade ao retratar o alcoolismo como doença em Vale Tudo

Crédito: Reprodução/Globoplay

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Na nova versão da novela Vale Tudo, exibida atualmente pela TV Globo, Paolla Oliveira está dando vida à personagem Heleninha Roitman, uma mulher que enfrenta a dependência de álcool em meio a conflitos familiares e questões existenciais. A atuação da atriz tem chamado a atenção não apenas pela carga dramática de suas cenas, mas principalmente por sua escolha de interpretar a personagem com um olhar mais empático, humano e sensível. Ao abordar o alcoolismo, a novela também abre espaço para uma discussão importante: o estigma que ainda recai sobre pessoas que enfrentam essa condição.

Desde os primeiros capítulos, Paolla optou por uma composição intimista, onde o sofrimento de Heleninha é mais percebido nos silêncios, nos olhares vagos, na tentativa constante de disfarçar a dor e esconder os copos. Em vez de retratar a personagem como alguém “descontrolada” ou estereotipada, Paolla vem construindo Heleninha como uma mulher em luta interna. Elegante por fora, mas despedaçada por dentro.

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Essa escolha interpretativa dialoga diretamente com uma questão central do debate atual: o alcoolismo é uma doença crônica, e não um defeito de caráter ou uma falha moral. Apesar de isso já estar estabelecido por instituições médicas e especialistas em saúde mental, o preconceito persiste, e ele começa, muitas vezes, pela linguagem.

Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), “o termo ‘alcoólatra’ carrega um tom pejorativo e está atrelado ao estigma social da doença, o que muitas vezes pode dificultar no reconhecimento do problema e na busca por ajuda”. O CISA propõe o uso do termo “alcoolista”, por compreender que essa palavra respeita melhor a natureza da condição e evita rotular a pessoa pelo seu problema. O uso de termos pejorativos pode fazer com que a pessoa se sinta julgada e envergonhada, dificultando ainda mais que ela reconheça sua situação e procure tratamento.

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Esse estigma, aliás, é colocado no texto pela autora da obra, Manuela Dias, em uma das cenas em que Odete Roitman (Débora Bloch) e sua irmã, Celina (Malu Galli), dialogam sobre o sumiço de Heleninha após uma de suas recaídas. Na conversa, Odete solta a frase: “…além de alcoólatra, agora ela quer ser baixa renda? A minha filha deve tá louca.”. A resposta racional vem de Celina quando afirma: “Odete, você não deve usar o ‘alcoólatra’, não é, porque ele é pesado, coloca o álcool num lugar de idolatria.”. A troca de falas, no entanto, não termina aí. Odete, implacável, rebate com cinismo: “O que que muda um nome, Celina? Que diferença faz chamar de alcoolista, alcóolatra, pinguça, bêbada, pé de cana? Se mudasse alguma coisa, se resolvesse o problema, eu chamava a doença da Heleninha até de ‘meu amor’, meu bem.”.

O diálogo é duro, mas necessário, porque ele expõe como a linguagem pode reforçar preconceitos e afastar ainda mais quem está em sofrimento. Ao mesmo tempo, revela o quanto os familiares, mesmo os mais próximos, podem ser fontes de dor e exclusão. Paolla Oliveira, ao contracenar com esse tipo de fala, imprime na tela toda a fragilidade de quem já não consegue lutar sozinha e precisa de apoio, não de julgamento.

A mais recente recaída de Heleninha foi exibida no capítulo dessa terça-feira, 29 de julho, numa sequência de cenas em que Heleninha sai vagando pelas ruas do Rio de Janeiro, embriagada e em situação de risco, um dos pontos altos da atuação de Paolla. Longe de ser espetacularizada, a sequência foi conduzida com respeito ao mostrar a personagem em sua dor mais solitária.

Mesmo diante de críticas iniciais, a atuação de Paolla Oliveira tem se consolidado como uma das mais marcantes de sua carreira. Com delicadeza e realismo, ela tem ajudado a romper estigmas e a jogar luz sobre uma realidade que, infelizmente, ainda é cercada por silêncio, culpa e preconceito. Seu trabalho em “Vale Tudo” lembra que por trás de cada “alcoolista” há uma história, uma dor e uma pessoa que precisa ser vista além do rótulo.

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João Paulo Silva

João Paulo Silva

João Paulo Silva, nascido em Barueri/SP e bacharel em Letras pela Universidade Estácio de Sá, pós-graduado em Revisão de Texto e em Linguística e Análise do Discurso. Contato: [email protected]

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