O torcedor cruzeirense e atleticano, embora em contextos diferentes, passam por um momento de choque de realidade após um longo, da parte do Cruzeiro, e ligeiro, da parte do Atlético, período de ilusão.
O Cruzeiro teve um inicio de ano empolgante, as contratações surtiram resultado rapidamente, se manteve invicto durante todo o campeonato mineiro, onde sagrou- se campeão do torneio, se mantinha 100% na Libertadores sem sofrer nenhum gol na competição e próximo de entrar para a história da mesma.
O time parecia mais ofensivo, característica que o torcedor tanto almejava, a defesa se mantinha sólida como de costume, o elenco se mostrava equilibrado, com reservas e titulares mantendo o mesmo nível de atuação.
O torcedor vinha em lua de mel com o time e até mesmo com o sempre contestado treinador, e vinha assim sonhando alto.
Até que chegou o Brasileiro e com ele a primeira derrota, após quase cinco meses, e logo para o Flamengo, em um jogo onde o Flamengo dominou o Cruzeiro durante todo o segundo tempo. Foi um golpe duro mais que podia ser relevado, uma vez que se tratava do Flamengo, dono de um dos melhores elencos do país e jogando no Maracanã.
Só que vieram os jogos contra o Ceará, onde o time só não saiu derrotado em casa graças a uma atuação monstruosa de Fabio, a vitória “suada” contra o Goiás e a derrota em casa para o fraco Emelec, que lhe custou a melhor campanha na libertadores, e o torcedor já começou a ficar mais ressabiado.
Mas o choque de realidade mesmo veio no jogo contra o Internacional, onde o time foi mais uma vez massacrado no segundo tempo, tomando três gols praticamente iguais, gols estes inadmissíveis, principalmente para um time que jogava com três volantes, e poderia ter sido quatro não fosse o pênalti perdido por D’Alessandro. Para piorar teve o desastroso jogo contra o Fluminense no meio de semana, pela Copa do Brasil, onde o time só finalizou uma vez.
A pergunta que fica para o torcedor é: seria apenas ilusão o inicio de temporada? O bom rendimento era fruto da fragilidade dos adversários até então enfrentados?
Essas perguntas só os próximos jogos poderão responder.
O Galo por sua vez já teve um inicio de temporada bem diferente, o time não correspondia, as contratações não vingaram, realizou uma fase de grupos patética na Libertadores, que acabou culminando com sua precoce eliminação no torneio, e apesar de se classificar em primeiro no campeonato estadual , onde perdeu a final para o Cruzeiro, o time não vinha agradando. Tudo isso ocasionou a mudança de comando da equipe, saiu Levir Culpi e veio Rodrigo Santana.
Veio o inicio do Brasileirão e sob novo comando o time começou a animar o seu torcedor, alcançou três vitórias consecutivas, sendo duas delas fora de casa, assumiu assim a liderança da competição e chegou à quarta rodada como o único time 100% na competição.
Embora por um curto período o torcedor começou a se empolgar com o time.
O choque de realidade, porem, veio logo na quarta rodada, quando o time recebeu o Palmeiras e foi presa fácil para o atual campeão brasileiro.
Os questionamentos rapidamente voltaram: seria a liderança nas primeiras rodadas fruto do acaso? Meras consequências dos frágeis adversários enfrentados até então? O novo trabalho não é tão bom assim?
No futebol as respostas sempre são dadas dentro de campo e no próximo jogo.
Que as respostas para os mineiros sejam boas, pois o torcedor já começa a ficar desiludido.
A desilusão dos mineiros!
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