De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (SES-MG) nesta sexta-feira (24), 38% dos óbitos por Covid-19 em Minas são de pessoas da cor parda. A porcentagem ultrapassou o número de óbitos de pessoas de cor não identificada (35%), seguido de brancos (18%) e pretos (8%).
Quanto ao perfil dos casos confirmados de Covid-19, após as pessoas de casos não identificados (45%), as pessoas de cor parda são as mais infectadas, chegando a 24% do total. Brancos são 22%, amarelos 6% e pretos 3%.
No total, Minas Gerais teve 2.315 óbitos tendo Covid-19 como causa e 106.812 infectados. Nas últimas 24h, o estado registrou 77 mortes e 4.244 casos de coronavírus.
Como indica os dados do IBGE, em âmbito nacional, 75% das pessoas que estão em extrema pobreza são negros ou pardos. Isso mostra a desigualdade e comprova que, além de falta de estrutura ideal para essas pessoas em tempo de pandemia, a maioria também precisa trabalhar em atividades informais, o que as expõe a um risco maior e frequente, e ainda, essas pessoas só procuram o atendimento em último caso.
Em BH, metade dos óbitos por Covid-19 são de pessoas pardas
De acordo com o Boletim Epidemiológico dessa quinta-feira (23), disponibilizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, metade dos óbitos por Covid-19 registrados na capital foram de pessoas pardas.
Dos 417 óbitos por Covid-19, 209 eram pardos; 126 eram brancos; 40 pretos; 1 amarelo. Pelo menos 41 não tiveram esta informação divulgada.
Entre as regionais que registraram maior número de mortes, estão Venda Nova, com 61; seguida por Nordeste, com 54; Noroeste, com 50. Entre os bairros, Cabana do Pai Tomás, na Região Oeste, e Santa Cruz, na Região Nordeste, lideram o ranking, com 6 mortes cada.
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