O Museu da Inconfidência, localizado em Ouro Preto, lançou no dia 6 de dezembro de 2019, um novo site institucional, onde também disponibilizou seu acervo museológico online, por meio da plataforma Tainacan. Cerca de 4.600 objetos estão disponíveis para consulta do público na web.
O acervo do Museu da Inconfidência possui exemplares de praticamente todas as esferas da vida sociocultural mineira dos séculos XVIII e XIX, objetos que estão intimamente relacionados à formação da sociedade brasileira.
É possível verificar vestígios dos sistemas construtivos de caráter religioso e profano, além de objetos de uso pessoal, destinados à vestimenta, à ornamentação, à proteção e à guerra. Destacado, em grande parte, por sua raridade e beleza, o acervo é caracterizado, ainda, pelo seu relevante conteúdo histórico e iconográfico.
Entre os itens que compõem a coleção, alguns chamam a atenção também por sua autoria. Os internautas poderão acessar obras como os pastores de Antônio Francisco Lisboa, o ‘Aleijadinho’; pinturas de Manoel da Costa Athaíde; a N. Sra. da Conceição, de Xavier das Conchas; além de porcelanas; acessórios de transporte; as traves da forca de Tiradentes; o mobiliário típico dos séculos XVIII e XIX e tantos outros testemunhos históricos integrantes não apenas do circuito expositivo como também por peças localizadas em outros espaços físicos do museu ou emprestados a outras instituições, a exemplo da tela ‘Paisagem Imaginária de Minas’, exposta atualmente no Museu Casa Guignard, em Ouro Preto.
Tal ação foi programada no âmbito das comemorações dos 75 anos do Museu, celebrado em agosto de 2019. A migração de dados teve início em 2019 e a disponibilização das coleções no universo web materializa um dos pontos chave do Programa de Acervos do Plano Museológico do MDINC 2019-2022.
Museu da Inconfidência substitui acervos por cópias fidedignas
Na primeira semana do mês de fevereiro, o Museu da Inconfidência realizou um trabalho para substituir os acervos arquivísticos e bibliográficos que estavam na exposição de longa duração por fac-símeles, cópias fidedignas que substituem os originais.
“Recolhemos os documentos para local climatizado no arquivo histórico como medida de preservação. Desta forma, garantimos vida longa aos registros da Inconfidência Mineira, da histórica do período colonial e do ciclo de ouro”, explicou a diretora do Museu, Margareth Monteiro.
Para o trabalho, segundo a diretora, foi contratada uma empresa especializada em reprodução de documentos em suporte de papel com PH neutro, de longa duração. E, ainda, como medida protetiva, foram retiradas todas as placas de lona de bloqueio de luz das janelas e a cortina do panteão para higienizá-la.
“Foi uma grande conquista para a memória nacional, considerando que o museu da Inconfidência Mineira é reconhecido como maior banco de dados sobre a Conjuração Mineira e seus protagonistas”, concluiu a diretora.
O Museu da Inconfidência funciona de terça a quinta, das 10h às 18h. Sexta das 10h às 20h. Sábado das 10h às 17h e domingo das 9h às 14h.