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No domingo de carnaval, o bloco “Chama O Síndico” foi um dos principais blocos de rua de BH com manifestações contra o Governo Federal com gritos de luta contra a censura nos carnavais da capital mineira. Entretanto, também houveram foliões insatisfeitos com o bloco: “Não se mistura carnaval com política. A gente está aqui para divertir, para inclusão também, mas é para se divertir”, declarou a foliã Viviane Fernandes. Apesar de gostar de política, Luciana Marques também não gostou dos protestos no bloco: “Amo política, amo carnaval, mas uma coisa não anda com a outra. “
Já para outros, o carnaval é um ambiente de se manifestar politicamente sim, como declara Gabriel Cristian: “carnaval mistura com política, carnaval é política, nós somos política e devemos sim fazer política, independente do local. O debate é importante e se o ponto de partida for um grito num bloquinho de carnaval, é sim interessante”. Fernando Modesto também apoia as manifestações se referindo ao carnaval como um movimento: “é importante lembrar das causas sociais do Brasil e, principalmente em Minas Gerais, isso é deixar nossa voz ecoar os cantos do país, a gente está aqui para ser ouvido.”
Em meio a uma pausa nas músicas no trio elétrico, a professora e primeira mulher transexual candidata a senadora da República, Duda Salabert, foi convidada a falar para as milhares de pessoas presentes no bloco e explicar o motivo de carnaval e política andarem juntos.
“Carnaval é um espaço para política sim. Porque é no carnaval que nós invertemos a lógica e criamos um espaço para viver nossas fantasias, nossas utopias, nossos sonhos. É no carnaval que o pobre sai da margem e vai para o centro, é no carnaval que o povo deixa de aplaudir e é aplaudido. É no carnaval que experimentamos a possibilidade de uma sociedade democrática, plural e livre. E é no carnaval que podemos ser quem bem entendermos.”
No fim, a maioria do público ficou junto do bloco e protestou, na medida que dançavam. A divergência de ideias entre alguns não atrapalhou a continuidade na curtição do carnaval e, a diversidade, um dos temas centrais do bloco, foi muito bem explorada na manhã de domingo carnavalesco em Belo Horizonte.
O carnaval de Belo Horizonte 2019 passou por grandes polêmicas após alguns blocos se manifestarem contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Com isso, o público se dividiu na capital mineira. Enquanto os cantores nos trios elétrico puxam o grito de: “Ele não”, outros gritam “É carnaval, toca música” e, em meio a tudo isso, a Polícia Militar recomendou que posições políticas não sejam expressadas durante o carnaval.
No domingo de carnaval, o bloco “Chama O Síndico” foi um dos principais blocos de rua de BH com manifestações contra o Governo Federal com gritos de luta contra a censura nos carnavais da capital mineira. Entretanto, também houveram foliões insatisfeitos com o bloco: “Não se mistura carnaval com política. A gente está aqui para divertir, para inclusão também, mas é para se divertir”, declarou a foliã Viviane Fernandes. Apesar de gostar de política, Luciana Marques também não gostou dos protestos no bloco: “Amo política, amo carnaval, mas uma coisa não anda com a outra. “
Já para outros, o carnaval é um ambiente de se manifestar politicamente sim, como declara Gabriel Cristian: “carnaval mistura com política, carnaval é política, nós somos política e devemos sim fazer política, independente do local. O debate é importante e se o ponto de partida for um grito num bloquinho de carnaval, é sim interessante”. Fernando Modesto também apoia as manifestações se referindo ao carnaval como um movimento: “é importante lembrar das causas sociais do Brasil e, principalmente em Minas Gerais, isso é deixar nossa voz ecoar os cantos do país, a gente está aqui para ser ouvido.”
Em meio a uma pausa nas músicas no trio elétrico, a professora e primeira mulher transexual candidata a senadora da República, Duda Salabert, foi convidada a falar para as milhares de pessoas presentes no bloco e explicar o motivo de carnaval e política andarem juntos.
“Carnaval é um espaço para política sim. Porque é no carnaval que nós invertemos a lógica e criamos um espaço para viver nossas fantasias, nossas utopias, nossos sonhos. É no carnaval que o pobre sai da margem e vai para o centro, é no carnaval que o povo deixa de aplaudir e é aplaudido. É no carnaval que experimentamos a possibilidade de uma sociedade democrática, plural e livre. E é no carnaval que podemos ser quem bem entendermos.”
No fim, a maioria do público ficou junto do bloco e protestou, na medida que dançavam. A divergência de ideias entre alguns não atrapalhou a continuidade na curtição do carnaval e, a diversidade, um dos temas centrais do bloco, foi muito bem explorada na manhã de domingo carnavalesco em Belo Horizonte.