A Prefeitura de Mariana, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou no último domingo, 5 de setembro, que alguns lotes da vacina contra a Covid-19 foram interditados de forma cautelar. Se trata do imunizante Coronavac, do Instituto Butantan.
Segundo o comunicado da Prefeitura de Mariana, no último sábado, 4 de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a interdição cautelar de alguns lotes do imunizante Coronavac, proibindo a distribuição e uso das doses que foram envasadas em um local não aprovado pelo órgão. Entre os lotes, está o 202107101H, que foi distribuído para as regionais de saúde e aos municípios.
A cidade de Mariana recebeu 68 doses deste lote e as mantém sob quarentena, até a liberação por parte da Anvisa, seguindo a orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde. De acordo com a Prefeitura Municipal, nenhuma dose do imunizante interditado foi aplicada na cidade.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Saúde, 39.631 imunizantes de primeira dose foram aplicadas em Mariana, o que dá em 64,92% da população parcialmente vacinada contra a Covid-19. Ainda, 13.951 pessoas receberam a segunda dose na cidade e 1.648 marianenses foram imunizados com dose única. Portanto, 25,5% das pessoas no município estão totalmente imunizadas contra a doença.
Interdição de doses da Coronavac em Minas
A interdição das vacinas da Coronavac aconteceu na maior parte das doses que Minas Gerais recebeu nesse sábado. Das 1.252.200 doses do imunizante do Instituto Butantan enviadas pelo Ministério da Saúde, 823.400 estão dentre os lotes com interdição cautelar pela Anvisa. Além destas, 20.520 doses já foram distribuídas para as regionais entre os dias 1º e 4 de setembro.
O presidente-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse que a interdição de pelo menos 25 lotes da vacina Coronavac deve ser encarada com tranquilidade. “A primeira providência é não usar. Aquelas (doses) que eventualmente já tenham sido utilizadas, as pessoas que já tenham sido vacinadas, essas pessoas serão monitoradas”, disse em entrevista à GloboNews.
Em nota, o Instituto Butantan afirmou que “a medida da Anvisa não deve causar alarmismo” e que o alerta foi feito pelo instituto por “extrema precaução”. O Butantan declarou ainda que “convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac” na China.