O presidente da República, Jair Bolsonaro, mais uma vez se encontra em polêmicas. Na última quinta-feira (25), em um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro declarou que “o Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay”. Além da declaração polêmica, o presidente influenciou na derrubada de uma campanha publicitária do Banco do Brasil, que consistia em um vídeo marcado pela diversidade e focado no público jovem.
Tal informação foi divulgada pelo blog do jornalista Lauro Jardim, que afirmou que Jair Bolsonaro teria procurado o presidente do Banco do Brasil, Ruben Novaes, para reclamar do vídeo.
Assista:
O Banco do Brasil, por sua vez, além de suspender a veiculação do comercial, demitiu diretor de Comunicação e Marketing, Delano Valentim.
Em nota, Ruben Novaes afirmou: “O presidente e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor de Marketing foi em decisão de consenso, inclusive com a aceitação do próprio”.
“O Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay”, disse Bolsonaro
Já durante o café da na companhia de representantes da imprensa, Bolsonaro foi questionado sobre a recusa do Museu Americano de História Natural de Nova York em sediar um evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil – Estados Unidos que o homenageava. Sobre o assunto, o presidente afirmou: “Recebo homenagem na praia, numa praça pública. Não é o museu que está me homenageando. O que houve foi pressão do governo local, que é Democrata e eu sou aliado do presidente dos EUA, Donald Trump”.
Bolsonaro ainda complementou sua fala ao declarar que, em 2009, foi alvo de diversas críticas por sua posição contrária ao que chama de “kit gay”. “Eu comecei a assumir essa pauta conservadora. Essa imagem de homofóbico ficou lá fora”, disse Bolsonaro ao afirmar que tal situação não prejudica investimentos externos. Por fim, o presidente da República destacou: “O Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay. Temos famílias”.