Nas últimas semanas realizamos diversas enquetes no portal Mais Minas para, com a ajuda do torcedor atleticano, eleger a seleção dos maiores jogadores do Atlético no século XXI. Critérios como qualidade técnica, conquistas, identificação com torcedor e clube, entre outros, foram adotados na escolha das opções. E após oito enquetes, temos aqui o time e técnico que carregarão a honraria.
A votação mostrou o sentimento de saudosismo com o time campeão da Copa Libertadores de 2013, escolhendo nove jogadores que estavam naquela campanha histórica do título continental atleticano. Uma das posições que se diferenciaram daquele time foi o lateral-esquerdo Douglas Santos, que vestiu a camisa do Atlético em 2014, vindo da Udinese da Itália, e venceu a histórica Copa do Brasil daquele ano.
Outro jogador que entrou na Seleção do Atlético do século XXI e não esteve na Copa Libertadores de 2013 foi o argentino Dátolo, que chegou no mesmo ano do título alvinegro continental, mas após a conquista e, mesmo assim, fez história com a camisa do Galo. No ano posterior, em 2014, o meia marcou história no clube ao conquistar a Copa do Brasil e foi um dos jogadores mais queridos da torcida naquela época.
Talvez como a maior surpresa da votação, o equatoriano Cazares empatou com Dátolo no número de votos e entrou na Seleção do Atlético no Século XXI. O meia coleciona lances elásticos com a camisa alvinegra e fez o gol que Pelé não fez na final da Copa do Brasil de 2016.
Uma das votações mais acirradas foram as de volante e na zaga. Apesar do mais votado ter tido uma considerável distância com os demais, os segundos colocados, que entram na Seleção do Atlético no Século XXI, foram bastante disputados. Na volância, Pierre ficou em segundo por um voto contra Gilberto Silva, e na posição de zagueiro, Réver também venceu Otamendi por três votos apenas.
E a seleção eleita dos maiores jogadores do Atlético no século XXI ficou com: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Douglas Santos; Leandro Donizete e Pierre; Luan, Ronaldinho Gaúcho e Dátolo/Cazares; Diego Tardelli. Esse time seria comandado por Cuca.
Atlético XXI – A seleção
Victor (2012 – atualmente) – 90,34% dos votos
A discussão em relação ao nome de Victor é um pouco mais além do que a de goleiro do século. Há quem aposte que o arqueiro seja o maior jogador da história do Atlético. Um dos grandes ídolos da torcida, o goleiro tem seu nome marcado nas maiores conquistas alvinegras e é amado pelos atleticanos.
Victor chegou ao Atlético em 2012, contratado junto ao Grêmio, para assumir a carente posição de goleiro do Galo e logo se tornou intocável na meta do clube. Após um excelente ano de estreia, Victor viveria em 2013 seu grande ano como jogador. Após ganhar o Campeonato Mineiro, o camisa 1 ajudou o Galo na caminhada ao inédito título da Copa Libertadores.
Durante a campanha, o jogador fez aquela que é uma das defesas mais icônicas da história do futebol brasileiro. Na ocasião, Victor defendeu pênalti que eliminaria o Galo da Libertadores, no fim da partida, nas quartas de final da competição. Na semifinal e final, mais defesas de pênaltis e o goleiro se consagrou como o principal nome daquela conquista.
Pelo Galo, o goleiro ainda viria a ganhar a Copa do Brasil de 2014 sobre o grande rival, Cruzeiro, a Recopa Sul-Americana naquele mesmo ano, além de mais dois estaduais, em 2015 e 2017. Santificado, “São Victor” continua no time e atualmente é reserva, mas ainda é um dos jogadores mais aclamados pelo torcedor.
Marcos Rocha (2007-2017) – 87,91% dos votos
Mineiro de Sete Lagoas, Marcos Rocha é referência quando o assunto é a lateral-direita atleticana. Multicampeão pelo clube, o jogador foi revelado na base do Atlético e passou por quatro times até se firmar como titular do Galo, em 2012. Daí em diante, o jogador dominou a posição e se tornou um dos principais alas do país, chegando inclusive à Seleção Brasileira.
Excelente no apoio, Marcos Rocha era uma das principais válvulas de escape do time e ajudou o Galo na conquista de sete títulos: quatro estaduais (2012, 2013, 2015 e 2017), uma Copa Libertadores (2013), uma Recopa Sul-Americana (2014) e uma Copa do Brasil, contra o maior rival, Cruzeiro, (2014).
Além disso foram ainda 21 títulos individuais conquistados enquanto vestia a camisa alvinegra, incluindo quatro prêmios Craque do Brasileirão e duas Bolas de Prata, para sua posição. Em 2018 deixou o time rumo ao Palmeiras, onde atua até hoje.
Leonardo Silva (2011-2019) – 77% dos votos
Considerado um dos maiores jogadores da história do Atlético, Leonardo Silva jogou no Atlético por nove temporadas, muitas vezes ostentando a braçadeira de capitão do clube. Ao lado de Réver, formou a dupla de zaga conhecida com “Torres Gêmeas”, pela altura e qualidade dos jogadores.
Pelo Galo, Léo Silva marcou um dos mais importantes gols da história atleticana, que levou a decisão da Libertadores de 2013 para os pênaltis, na qual o Atlético se sagrou campeão. E por falar em gols, essa é uma especialidade de Leonardo. O zagueiro é o maior defensor artilheiro da história do clube, com 36 gols. Sua qualidade na bola aérea fez dele um terror para as defesas adversárias.
Leonardo Silva disputou sua última temporada pelo Galo em 2019, se aposentando ao final do ano e ganhando um cargo na diretoria do clube. Léo deixou o clube com nada menos que sete títulos conquistados, sendo eles quatro estaduais, a Copa Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014.
Réver (2010-2014 e 2019-atualmente) – 9,92% dos votos
Ídolo do Atlético, Réver formou por muito tempo, ao lado de Leonardo Silva, a dupla de zaga conhecida com “Torres Gêmeas”, pela altura e qualidade dos jogadores que a compunham. Muito vitorioso, o jogador foi um dos grandes destaques da campanha do título da Copa Libertadores de 2013, quando apresentou um grande futebol que o credenciou, inclusive, para a Seleção Brasileira.
Pelo Galo, Réver ganhou cinco títulos, os Campeonatos Mineiros de 2012 e 2013, a Copa Libertadores da América de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014. Após deixar o clube em 2015, o jogador retornou em 2019 para alegria dos atleticanos. O zagueiro também é um dos defensores com mais gols marcados na história do clube, 26 no total, 10 a menos que Léo Silva, que lidera a lista.
Douglas Santos (2014-2016) – 75% dos votos
Douglas Santos chegou ao Galo em 2014, emprestado pela Udinese da Itália. Rapidamente o jogador se adaptou e assumiu a titularidade da lateral-esquerda alvinegra, tendo participado da vitoriosa campanha da Copa do Brasil daquele ano.
Seu bom desempenho fez com que o Atlético adquirisse seu passe em definitivo no ano de 2015, o vendendo um ano depois para o futebol alemão por mais que o dobro do valor investido em sua compra.
Durante seu período no Galo, o jogador foi convocado para a Seleção Olímpica de 2016, na qual foi titular e se sagrou campeão. Ainda pelo Atlético, o jogador faturou os prêmios Bola de Prata e Craque do Brasileirão – Lateral Esquerdo, em 2015. Douglas Santos também foi campeão mineiro no ano de 2015.
Pierre (2011-2015) – 26% dos votos
Ídolo da torcida atleticana, Pierre demonstrou aquilo que mais encanta o torcedor do Galo: muita raça, aliada com futebol bem jogado. Titular do Atlético na maior parte de sua passagem, o volante ficou conhecido como “carregador de piano” de uma equipe repleta de bons valores técnicos.
Pelo Galo, o volante conquistou cinco títulos: os Mineiros de 2012 e 2013, a Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014. Até hoje o jogador é muito querido e respeitado pelos atleticanos.
Leandro Donizete (2012-2016) – 38% dos votos
Muito semelhante a sua dupla Pierre, Leandro Donizete não se destacava por uma grande qualidade técnica, mas por sua raça e poderio defensivo, principalmente na marcação. O “General”, como era conhecido pelos atleticanos, era implacável contra seus adversários e se tornou ídolo da torcida do Galo.
Durante sua passagem pelo clube, conquistou seis títulos: os Mineiros de 2012, 2013 e 2015, a Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil de 2014. Assim como Pierre, Donizete dava a solidez defensiva necessária para que os craques do setor ofensivo do Atlético pudessem brilhar.
Luan (2013-2019) – 8% dos votos
Luan chegou ao Galo em 2013 e foi mais um que não demorou a cair nas graças da torcida atleticana. Por seu jeito raçudo e visual, logo ganhou o apelido de “Menino Maluquinho”, dado carinhosamente pelos atleticanos.
Durante boa parte de sua passagem pelo clube, Luan foi um 12° jogador da equipe, vindo do banco no decorrer das partidas para dar gás e ânimo ao time do Galo. Com muitos gols importantes, como na partida contra o Tijuana, nas quartas de final da Libertadores de 2013, e também na Copa do Brasil de 2014, na qual fez gol em todas as fases da competição.
Luan seguiu no time até o fim da temporada de 2019, sendo considerado um ídolo pelos torcedores da equipe. Com mais de 300 jogos pelo Galo, Luan deixou o clube tendo conquistado seis títulos: três estaduais, em 2013, 2015 e 2016, a Copa Libertadores de 2013, a Recopa Sul-Americana de 2014 e Copa do Brasil de 2014.
Ronaldinho Gaúcho (2012-2014) – 84% dos votos
Eleito o melhor jogador do mundo por duas vezes e pentacampeão da Copa, Ronaldinho Gaúcho não só é um dos maiores atletas a vestir a camisa do Galo, como também da história do futebol mundial. O jogador chegou ao Atlético no ano de 2012, desacreditado após temporadas ruins na Europa e no Flamengo.
Ronaldinho e o Atlético precisavam se reerguer para o futebol e o casamento deu muito certo. Rapidamente o jogador se encaixou no time e vestindo a camisa 49 liderou o Galo no Brasileirão daquele ano, que terminou com o vice-campeonato atleticano.
Em 2013, já com a camisa 10, o meia voltou a demonstrar um grande futebol, sendo um dos principais destaques das conquistas do Campeonato Mineiro e da Libertadores daquele ano.
Deixou o clube em 2014, após uma vertiginosa queda de rendimento. Com a camisa do Galo, Ronaldinho conquistou um Mineiro e uma Copa Libertadores, em 2013, e a Recopa Sul-Americana, em 2014. Individualmente foi eleito o Bola de Ouro do Brasileirão de 2012, melhor jogador da Copa Libertadores de 2013 e melhor jogador da América do Sul, também em 2013.
* Dátolo (2013-2016) – 4% dos votos
Contratado durante a temporada de 2013 pelo Galo, Jesús Dátolo foi contrato de início para reforçar o bom elenco atleticano e ser uma peça de reposição a Ronaldinho Gaúcho. Com a saída do craque, em 2014, e as contínuas lesões de Guilherme, o argentino não perdeu a oportunidade e logo se tornou peça importante no Atlético.
Para se ter ideia, em 2014, Dátolo foi o líder em participações em gols pelo clube, tendo marcado sete vezes e dado incríveis 20 assistências. Naquele ano, o jogador foi importantíssimo para a conquista do clube na Copa do Brasil. O argentino também ficou marcado pelos muitos golaços que fez pelo clube, principalmente em chutes de fora da área.
Apesar de sua importância crescente no clube, Dátolo passou a sofrer com lesões e deixou a equipe em 2016, tendo conquistado três títulos com a equipe: a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil, em 2014, e o Campeonato Mineiro de 2015.
* Cazares (2016-atualmente) – 4% dos votos
Contratado em 2016 para assumir a camisa 10 do Atlético, Cazares é mais um que viveu altos e baixos com o time. Muito dotado tecnicamente e autor de belos gols, o equatoriano sempre alternou as boas e más atuações com lesões e indisciplina, que prejudicaram seu desenvolvimento no clube.
No Galo, Cazares conquistou somente um título, o Campeonato Mineiro de 2017. O jogador é o estrangeiro com mais jogos e gols com a camisa do clube
*Rigorosamente empatados com 4% dos votos.
Diego Tardelli (2009-2011, 2013-2014 e 2020) – 50% dos votos
Um dos grandes ídolos da história do Atlético, Diego Tardelli é sinônimo de “Galo”. O jogador chegou ao clube mineiro em 2009 e logo mostrou um incrível faro de gols, se tornando um dos grandes destaques do futebol brasileiro naquele ano, sendo o jogador com mais bolas na rede do país, tendo balançado as redes 42 vezes na temporada.
Seu estilo provocador e grandes desempenhos contra o rival Cruzeiro, o tornaram um ídolo atleticano em pouco tempo, e sua sina de goleador seguiu nos anos seguintes, até ele ser negociado por cifras milionárias com o futebol russo.
Após dois anos fora do país, em 2013 o jogador retornou ao Galo, mais uma vez apresentando grande futebol. Muito completo, o jogador passou a atuar flutuando pelo ataque, misturando as funções de armador, ponta e atacante, sendo o grande diferencial tático naquela equipe que venceria o estadual e a Copa Libertadores.
Em 2014, Diego Tardelli seguiu sendo muito importante para o Atlético, ajudando a equipe a faturar a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil, tendo inclusive marcado o gol do título sobre o rival Cruzeiro. Após isso, em 2015 foi negociado com o futebol chinês.
Tardelli ainda voltaria a fazer a alegria dos atleticanos ao retornar ao Galo no início de 2020, dando início a sua terceira passagem pelo clube.
Cuca (2011-2013) – 75% dos votos
Um dos treinadores mais queridos pelo torcedor atleticano, Cuca sempre é ligado ao clube quando este fica sem técnico. E ele fez por onde toda essa identificação, afinal, era o comandante do Atlético na icônica conquista da Copa Libertadores de 2013. Com um time ultra ofensivo, rápido e letal no jogo aéreo, o treinador levou o Galo à conquista inédita.
Cuca chegou ao clube em 2011 com a missão de salvar o Atlético do rebaixamento naquele ano e cumpriu a missão. Seguiu em 2012 e conquistou o estadual daquele ano, além de uma boa campanha no Brasileirão, que rendeu o vice-campeonato. Em 2013, mais uma vez o Galo foi campeão mineiro e em seguida o time viria a levantar a Libertadores, como já citado.
Cuca deixou o time após disputar o Mundial de Clubes de 2013 rumo ao milionário futebol chinês. Desde então, apesar das frequentes especulações, não mais comandou o Atlético.
E aí torcedor, concorda? Discorda? Tiraria ou colocaria alguém na seleção dos maiores jogadores do Atlético no século XXI? Comente.