Na última sexta-feira (15), a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte divulgou um balanço atualizado com o número de casos registrados e suspeitos de dengue, zika e chikungunya. O balanço é referente ao ano de 2019, até o dia 07 de fevereiro.
No balanço, o município de Belo Horizonte apresenta em 2019 uma situação epidemiológica de casos suspeitos de dengue dentro do esperado em relação aos últimos dois anos, tendo sido notificados 1283 casos que estão em estudo e outras 165 casos já confirmados. Entretanto, preocupa a detecção da circulação recente do DENV2 em dez amostras, nas Regionais Barreiro, Nordeste e Oeste, sorotipo que não circula em Belo Horizonte desde 2010.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus RNA que pertence ao gênero Flavívirus da família Flaviridae, do qual são conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado.
Atualmente a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo, particularmente em países tropicais onde a temperatura e a umidade favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Em Belo Horizonte, a ocorrência de casos de dengue e das outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti é monitorada de forma contínua através de análises epidemiológicas e mapas de intensidade de casos. As informações epidemiológicas são atualizadas semanalmente, indicando as Regionais e as áreas de abrangência com maior concentração de casos suspeitos e confirmados.
Para a identificação das áreas mais vulneráveis são utilizados os resultados obtidos no monitoramento com as ovitrampas e no Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) associados à notificação de casos suspeitos e confirmados das doenças em cada território.
A presença do vetor é monitorada em todo o município por meio de armadilhas de oviposição (ovitrampas), instaladas quinzenalmente, durante todo o ano, abrangendo raios de 200 metros.
O LIRAa é realizado duas vezes ao ano, nos meses de janeiro e outubro. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) divulga as áreas da cidade com maior ocorrência de focos do Aedes aegypti e também os criadouros predominantes desse vetor.
ASPECTOS GERAIS DA DENGUE
A dengue é uma doença febril aguda, causada por vírus, caracterizada pela presença de febre e de dois ou mais sintomas como cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, náuseas, vômitos e exantema. A doença pode se apresentar como dengue clássica (com evolução clínica benigna), dengue com sinais de alarme (com risco de evolução desfavorável) e dengue grave (com comprometimento orgânico grave, falência de órgãos/sistemas, podendo evoluir para choque e óbito).
De modo diferente de outras doenças infecciosas, a dengue pode apresentar sinais de alarme ao final do período febril, podendo ocorrer agravamento da doença.
A transmissão da Sengue acontece pela picada da fêmea do mosquito infectada. De 8 a 12 dias após o repasto sanguíneo, o mosquito está apto a transmitir a doença. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem através da água ou alimento.
Chikungunya
Em 2019 foram notificados 35 casos para a chikungunya, em residentes de Belo
Horizonte. Foram confirmados cinco casos, dentre os quais, dois contraídos no
município, um importado e outros dois foram contraídos em locais com origem
indefinida. Há 30 casos em investigação para a doença.
Zika
Em 2019 foram notificados 16 casos de zika em residentes de Belo Horizonte. Deste
total, oito foram descartados e oito permanecem em investigação.
COMO EVITAR O AEDES
Confira a seguir alguns cuidados que podem e devem ser adotados pela população em suas residências e locais de trabalho para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
RECIPIENTE | RECOMENDAÇÕES |
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Pratinhos de vasos de plantas | Retire-os. |
Latinhas, embalagens plásticas e de vidro, material descartável em geral | Coloque tudo em um saco plástico. Feche bem. Mantenha a lixeira tampada. Sempre ponha o lixo para recolhimento do serviço de limpeza urbana. |
Caixa d’água, cisterna, barril/tambor e poço | Mantenha-os sempre bem fechados, sem deixar frestas. |
Calha | Confira sempre se ela está entupida, remova folhas e tudo que possa impedir o escoamento da água. |
Pneus | Entregue-os ao serviço de limpeza urbana. Caso precise deles, mantenha-os secos e guardados em local coberto. |
Piscina | Trate a água com cloro e limpe uma vez por semana. |
Vaso sanitário | Deixe a tampa sempre fechada. Em banheiro sem uso, dê descarga uma vez por semana. |
Quintal | Mantenha o seu quintal sempre limpo e livre de qualquer material que possa se tornar um foco da dengue (sacos plásticos, tampas de garrafas, cascas de ovos e embalagens em geral). |
Bandeja externa de geladeira e ar-condicionado | Retire sempre a água. Lave-a com água e sabão. |
Garrafas PET e de vidro | Se não for usá-las, coloque-as em um saco plástico para recolhimento da limpeza urbana. Se for utilizá-las, mantenhas-as em local coberto, secas e sempre de boca para baixo. |
Material em uso que possa acumular água | Seque tudo e guarde em local coberto. |