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Na última quinta-feira, dia 23, a Câmara Municipal de Ouro Preto aprovou por unanimidade o Plano Municipal de Economia Criativa (PMEC). A iniciativa, elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), representa um marco para o município. A assinatura da lei pelo prefeito Angelo Oswaldo está marcada para o dia 30 de janeiro, junto ao lançamento oficial da candidatura de Ouro Preto como Cidade Criativa pela UNESCO, na categoria de Artes Populares e Artesanato.
O PMEC tem como objetivo consolidar a economia criativa como uma alternativa à dependência da mineração no município, promovendo a requalificação de espaços, a preservação do patrimônio cultural e a geração de trabalho e renda. A ideia é transformar Ouro Preto em um centro especializado em práticas criativas que fortaleçam o turismo, estimulem o pertencimento e promovam a coesão social.
Processo participativo marca elaboração do plano
Felipe Guerra, Secretário de Desenvolvimento Econômico, destacou o papel fundamental da população no planejamento do PMEC. “Estivemos em todos os distritos, em reuniões para entender, não só fazer o estudo de potencialidade, mas também entender das pessoas que movem a economia nesses distritos, os anseios, os problemas e como solucioná-los – para a então criação do Plano – então enfim foi um grande estudo, extremamente participativo, por parte da sociedade civil”, afirmou Guerra.
A participação popular garantiu que o PMEC refletisse as necessidades reais dos cidadãos e as especificidades de cada região de Ouro Preto. Além disso, o planejamento foi baseado no Plano de Apoio à Diversificação Econômica de Ouro Preto (PADE), também criado pela atual gestão municipal. Segundo Guerra, o PMEC representa uma evolução natural do PADE, que recebeu revisões em 2024, incluindo a criação de um novo eixo temático dedicado exclusivamente à economia criativa.
Redução da dependência da mineração e foco no futuro
Com uma história profundamente ligada à mineração, Ouro Preto enfrenta o desafio de diversificar sua economia em busca de maior sustentabilidade. O PMEC surge como uma resposta a essa necessidade, propondo a valorização de atividades populares, o fortalecimento de setores culturais e a dinamização do turismo.
Entre as ações previstas estão a preservação do patrimônio material e imaterial, a promoção de eventos culturais e a requalificação de espaços urbanos e rurais. Esses esforços buscam criar uma economia mais resiliente, baseada em recursos renováveis e no talento da população local.
A parceria com a UFOP tem sido essencial para a implementação do plano. Além de oferecer suporte técnico e acadêmico, a universidade contribui para a formação de mão de obra qualificada e para a realização de pesquisas que embasam as decisões da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Lançamento da candidatura de Ouro Preto à UNESCO
No dia 30 de janeiro, além da assinatura oficial do PMEC, o município dará um passo importante rumo ao reconhecimento internacional. A candidatura de Ouro Preto como Cidade Criativa pela UNESCO, na categoria de Artes Populares e Artesanato, reflete a riqueza cultural da cidade e sua tradição na produção artesanal.
Se aprovada, a inclusão na rede da UNESCO pode trazer benefícios como maior visibilidade turística, acesso a redes globais de cooperação e oportunidades de financiamento para projetos culturais. A nomeação também reforça o compromisso de Ouro Preto com a preservação de seu patrimônio histórico e cultural.
O futuro da economia criativa em Minas Gerais
Com o PMEC, Ouro Preto torna-se pioneira na elaboração de um plano abrangente para a economia criativa em Minas Gerais. O exemplo do município pode inspirar outras cidades a adotarem estratégias semelhantes, fortalecendo a cultura local e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável.
A expectativa é que o plano atraia investimentos, estimule a criação de novos negócios e fortaleça a imagem de Ouro Preto como referência em inovação e cultura. Para os moradores, a iniciativa representa não apenas uma oportunidade de gerar renda, mas também de construir um futuro mais próspero e inclusivo.