A empresa DFRLab investigou alguma das contas do Twitter que participaram da campanha contra o jornalista Glenn Greenwald. Como resultado, foram encontrados indícios de comportamentos automatizados das contas mais ativas.
Esse padrão identificado pela DFRLab indica a atuação de perfis falsos e robôs. Um dos exemplos citados como prova é o @Vnia60277936. Ele postou a hashtag 294 vezes em quatro horas e meia. Ao todo, a conta chegava a realizar 577 tweets por dia. Conforme a empresa responsável por essa rede social, 144 tweets diários já são considerados altamente suspeitos. Além disso, o nome do usuário com números e foto de perfil genérica, são outros indícios de fraude.
De acordo com o estudo, outras contas também possuem características automatizadas. As suspeitas foram confirmadas pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas. Mas apesar de ter sido criada por robôs, a campanha teve grande adesão de perfis reais. A #DeportaGreenwald entrou para os trending topics do Twitter.00
De onde surgiu a campanha
A campanha contra Greenwald surgiu no Twitter no dia 10 de junho deste ano. Ela foi criada após o site The Intercept revelar conversas que envolvem o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Os diálogos indicam possíveis condutas conspiratórias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Glenn Greenwald foi o alvo escolhido pelos defensores do ministro por ser o co-fundador do site.