Fechada há sete anos, Capela do Bom Jesus de Matosinhos, de Ouro Preto, tem risco de queda do telhado

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A Capela do Bom Jesus de Matosinhos, de Ouro Preto, é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e está prestes a completar o seu sétimo ano seguido fechada para cerimônias porque há risco da estrutura do telhado cair. Mesmo sendo uma das joias da cidade histórica, a reforma não sai do papel.

Em 2019, a obra de revitalização da igreja foi aprovada pelos órgãos de patrimônio com uma verba de R$ 13 milhões, o que daria para restaurar os altares de madeira, que estão infestados de cupim. O orçamento também previa o resgate da porta esculpida em pedra sabão representando São Miguel Arcanjo e as Almas do Purgatório, uma das obras primas de Aleijadinho, que só não caiu ainda porque está escorado.

Fechada há sete anos, Capela do Bom Jesus de Matosinhos, de Ouro Preto, tem risco de cair o telhado
Foto: Google Street View

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), responsável pelas restaurações, disse à TV Globo que está aguardando o projeto e aguarda manifestação técnica da Prefeitura de Ouro Preto para a aprovação da proposta.

Dos mais de 1.200 bens tombados pelo IPHAN no país, 208 estão em Minas Gerais. Na Cidade Histórica de Ouro Preto, vizinhos da Capela do Bom Jesus do Matosinhos só puderam enfeitar a rua para não deixar a data do padroeiro (7 a 14 de setembro) passar em branco.

A secretária de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto, Maria Margareth Monteiro, confirmou à nossa redação que o processo para a obra na Capela do Bom Jesus do Matosinhos já vem se arrastando há muito tempo, o que contribui para o aumento da precariedade do patrimônio tombado.

“De fato esse processo vem se arrastando há muito tempo. Por isso, o que constava do processo referente à obra civil e de elementos artísticos da Capela de Bom Jesus de Matozinhos precisou ser atualizado e enviado ao IPHAN. As planilhas precisaram ser reajustadas minuciosamente, considerando novos valores de mercado e a complexidade da obra. E é exatamente o que está fazendo a Secretaria de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto para dar andamento ao processo”, explicou.

A revitalização da Capela do Bom Jesus de Matosinhos, em Ouro Preto, será custada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. De acordo com Margareth, outro fator que agravou a situação do patrimônio tombado é a questão da encosta, que também está sendo reavaliada e será executada também com recursos do PAC das encostas. “Estamos empenhados para que tudo se resolva o mais breve possível”, finalizou a secretária.

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