Com votação apertada, a Câmara decidiu pela manutenção da prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão, um dos acusados de ser o mandante do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
O parecer foi aprovado por 277 votos contra 129. Eram necessários, aos menos, 257 para manter a prisão. Outros 28 se abstiveram e 78 foram registrados como ausentes.
Do total de deputados que compõem a Câmara, 53 são de Minas Gerais. Desses, 23 votaram a favor da prisão de Brazão, 15 foram a favor da soltura e 14 não votaram ou estavam ausentes. Apenas uma abstenção foi registrada.
Chamado na votação como Duarte Goncalves Jr., o ex-prefeito de Mariana, Duarte Jr., que já se manifestou dizendo que participará diretamente das eleições municipais de Ouro Preto em 2024, votou a favor da prisão, assim como a maioria dos membros do seu partido, o Republicanos.
Nas redes sociais, Du antecipou o seu voto. Apesar de fazer críticas ao Supremo Tribunal Federal, dizendo que se “está se esticando a corda”, ressaltando que o pedido de prisão deveria ter sido enviado à Câmara antes dela acontecer e que a Constituição não foi respeitada pelo STF, o deputado afirmou que votaria a favor da manutenção da prisão entendendo que deputados federais também têm direito ao voto político, entendendo os sentimentos das ruas.