A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) reforçou sua liderança global no fornecimento de Nióbio em 2024 com um investimento de R$ 270 milhões em tecnologia, pesquisa e inovação. A empresa, que opera em Araxá, Minas Gerais, aposta em ampliar as aplicações do mineral em setores estratégicos e fortalecer sua presença internacional.
— Você sabia que a Vale e a UFMG anunciaram, recentemente, uma parceria para soluções inovadoras em mineração circular?
Responsável por mais de 80% da produção mundial de Nióbio, a CBMM concentra seus esforços em desenvolver novos produtos e processos que atendam a demandas crescentes de eficiência, leveza e sustentabilidade. O investimento anunciado integra a estratégia da companhia de diversificar o uso do mineral e consolidar o Brasil como referência em inovação na mineração.
Parte dos recursos foi destinada a parcerias com centros de pesquisa, universidades e empresas de tecnologia ao redor do mundo. A meta é simples: criar soluções capazes de ampliar ainda mais o uso do Nióbio em mercados que vão desde a mobilidade elétrica até a construção civil.
Novos mercados para o Nióbio estão no centro da estratégia
Hoje, o principal uso do Nióbio é na fabricação de aços mais leves e resistentes, presentes em pontes, edifícios e automóveis. Mas a CBMM quer ir além e já tem projetos que abrem novas portas para o mineral. Entre os destaques estão:
- Baterias de carregamento ultrarrápido: Pesquisas integram Nióbio aos ânodos das baterias de íons de lítio, aumentando a segurança e a velocidade de recarga.
- Componentes eletrônicos: O mineral está sendo estudado para aplicações em supercondutores e semicondutores de alta tecnologia.
- Veículos elétricos: Ligas metálicas com Nióbio ajudam a reduzir o peso de chassis e componentes automotivos, favorecendo o alcance e a eficiência.
- Energia limpa: Em turbinas eólicas e reatores nucleares, o Nióbio torna as estruturas mais resistentes e duráveis.
- Construção civil: Aços com adição do mineral possibilitam obras mais leves, econômicas e sustentáveis.
Ao apostar na diversificação de usos, a CBMM busca transformar o Nióbio em um insumo estratégico da economia verde, alinhado às tendências de inovação industrial e transição energética.
Parcerias globais e foco em sustentabilidade impulsionam expansão
A atuação da CBMM não se limita à mineração. A empresa investe na aproximação com clientes e centros tecnológicos em regiões estratégicas, como China, Japão, Alemanha e Estados Unidos, onde mantém escritórios técnicos e laboratórios de pesquisa.
Nos últimos anos, a companhia firmou parcerias com startups e universidades de ponta para acelerar o desenvolvimento de novas aplicações. Um dos projetos mais avançados é a colaboração com fabricantes de baterias na Ásia, que buscam no Nióbio uma solução para recarga ultrarrápida e maior vida útil.
Na Europa, a CBMM também estreitou laços com fabricantes de automóveis e consórcios de inovação, que apostam em materiais mais sustentáveis e leves para atender às novas regulamentações ambientais.
Além da inovação, a companhia investe na formação de especialistas em Nióbio, promovendo treinamentos e workshops que disseminam o conhecimento técnico e ampliam as possibilidades de uso do mineral.
Em paralelo, a CBMM mantém seu compromisso com práticas ambientais responsáveis. A empresa adota tecnologias para reduzir emissões, reaproveitar resíduos e otimizar o consumo de água em suas operações em Araxá. A meta é clara: zerar as emissões líquidas de carbono até 2030.
Ao investir em produtos mais leves, resistentes e sustentáveis, a CBMM não apenas amplia seu mercado, como contribui para a descarbonização da indústria global.