Por trás de cada negócio de bairro, cada pequena confeitaria improvisada no fogão da cozinha ou perfil no Instagram feito entre mamadeiras e boletos vencidos, há quase sempre uma mulher. E por trás dessa mulher, quase sempre, há uma batalha.
É para essas mulheres que a Cemig abre, mais uma vez, as portas de um projeto que já impactou mais de 300 histórias em Minas Gerais. A nova edição do curso “Mulher Empreendedora”, com inscrições até 1º de agosto, oferece formação gratuita e online entre os dias 4 e 7, das 18h30 às 21h30. Mas o que está em jogo não é apenas aprender sobre finanças ou vendas. É sobre retomar o controle da própria vida. Inscreva-se aqui!
“Tem muita gente que começa um negócio porque não teve escolha. A gente quer mostrar que pode haver planejamento, pode haver estrutura, pode haver orgulho”, resume Marina Oliveira, analista de sustentabilidade da Cemig.
Um curso, muitas realidades
Quando se fala em empreendedorismo, muita gente ainda pensa em algo distante: startups, networking, investimentos. Mas o curso da Cemig parte de outro lugar. Ele parte do cotidiano.
Entre as participantes de edições anteriores, há quem vendesse marmitas, fizesse tranças no quintal ou costurasse para fora. Algumas tinham ensino médio incompleto. Outras, anos de mercado informal sem nunca emitir uma nota fiscal.
Foi ali que muitas delas ouviram pela primeira vez o termo “precificação”. Aprenderam que lucro não é o que sobra depois das contas, mas o que se planeja. Descobriram que vender é também comunicar, e que saber contar sua história pode ser tão importante quanto saber cozinhar bem.
A formação aborda quatro pilares: espírito empreendedor, autoconhecimento, gestão de negócios e finanças, e comunicação e vendas. Mas não se engane. Não é uma palestra motivacional travestida de curso. É aula mesmo, com conteúdo denso, exercícios práticos e acompanhamento.
“Eu entrei com vergonha até de ligar a câmera. Saí com o plano de abrir minha loja”, contou uma participante em áudio enviado à equipe do curso.
Aula virtual, impacto real
O curso é todo online, mas quem vê a tela dividida em dezenas de quadradinhos nem imagina a força que sai dali. Tem mulher assistindo do celular, com a filha dormindo no colo. Tem quem esteja em um barraco na beira do morro, com a luz cortada. E tem também quem, depois de anos dedicada à casa, resolve tentar o próprio caminho.
“O que a gente faz aqui é dar ferramentas para que essas mulheres possam enxergar que podem mais”, afirma Marina Oliveira. “E que empreender é uma forma de existir de maneira digna, autônoma.”
A metodologia do curso foi construída para ser leve, mas transformadora. Cada encontro é pensado para que o conhecimento faça sentido na prática. No fim, muitas participantes saem com um plano de ação — um esboço do seu próprio futuro.
Quando o voluntariado vira ponte
O projeto faz parte do programa “Você – Voluntariado Cemig”, que une colaboradores da empresa em ações com impacto social real. Ao longo dos últimos anos, esse voluntariado virou ponte entre mundos: entre a estrutura de uma das maiores empresas de energia do país e a realidade de mulheres que, por muito tempo, estiveram às margens das políticas públicas.
Entre os voluntários que acompanham as turmas, há quem se emocione a cada edição. “A gente vê mulheres que chegaram dizendo ‘não sei se dou conta’ e saem dizendo ‘vou começar amanhã’”, relata uma mentora.
Não é apenas sobre abrir um negócio. É sobre se olhar no espelho de novo.
O que é preciso para participar?
A resposta é simples: ser mulher, ter vontade de aprender e se inscrever até 1º de agosto. Não precisa pagar nada, nem ter formação específica. O curso será realizado ao vivo, por uma plataforma de videoconferência. As participantes receberão o link após confirmação da inscrição.
A Cemig destaca que o curso pode ser a primeira porta para outras oportunidades. “A gente não vende ilusão. A gente entrega conteúdo, acolhimento e rede. Porque sozinha é mais difícil”, diz Marina.