CFEM recua mais de R$ 21 milhões em Itabirito no início de 2025

Município perdeu mais de R$ 21 milhões em repasses da mineração no primeiro bimestre do ano

CFEM recua mais de R$ 21 milhões em Itabirito no início de 2025

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A cidade de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, registrou queda expressiva na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) no primeiro bimestre de 2025. Entre janeiro e fevereiro, o município arrecadou R$ 44.998.116,59. No mesmo período de 2024, o valor foi de R$ 66.185.698,66. A diferença de R$ 21.187.582,07 representa uma retração de aproximadamente 32%.

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A redução impacta diretamente os cofres públicos, já que a CFEM é uma das principais fontes de receita da cidade, sustentando políticas públicas nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e assistência social. A diminuição nos repasses pode obrigar o município a rever prioridades orçamentárias para os próximos meses.

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Comparativo detalhado por substância mineral

Tabela 1 – Arrecadação da CFEM por substância – Itabirito – 2024

SubstânciaJaneiro 2024Fevereiro 2024Total Bimestre 2024
FerroR$ 30.953.360,63R$ 26.602.469,19R$ 57.555.829,82
Minério de FerroR$ 4.305.386,59R$ 4.292.321,13R$ 8.597.707,72
FilitoR$ 17.496,69R$ 12.992,36R$ 30.489,05
AreiaR$ 0,00R$ 0,00R$ 0,00
Argila RefratáriaR$ 1.358,57R$ 313,50R$ 1.672,07
TotalR$ 35.277.602,48R$ 30.908.096,18R$ 66.185.698,66

Tabela 2 – Arrecadação da CFEM por substância – Itabirito – 2025

SubstânciaJaneiro 2025Fevereiro 2025Total Bimestre 2025
FerroR$ 18.104.821,40R$ 23.482.863,17R$ 41.587.684,57
Minério de FerroR$ 1.931.736,35R$ 1.457.868,72R$ 3.389.605,07
FilitoR$ 9.180,48R$ 7.973,02R$ 17.153,50
AreiaR$ 2.973,10R$ 0,00R$ 2.973,10
Argila RefratáriaR$ 495,61R$ 204,74R$ 700,35
TotalR$ 20.049.206,94R$ 24.948.909,65R$ 44.998.116,59

Setor de ferro explica parte da retração

Os dados mostram que o principal responsável pela queda foi a substância ferro. Em 2024, a arrecadação com esse composto mineral alcançou R$ 57,5 milhões nos dois primeiros meses. Já em 2025, esse valor caiu para R$ 41,5 milhões. A diferença de R$ 15,9 milhões representa uma redução de mais de 27% somente nesse item.

A CFEM do minério de ferro também apresentou recuo significativo. Passou de R$ 8,5 milhões em 2024 para R$ 3,3 milhões em 2025, um corte superior a 60%. Juntas, essas duas substâncias representaram a maior parte da receita perdida. Já as demais substâncias minerais, como filito, areia e argila refratária, continuaram com baixa expressividade nos repasses.

A arrecadação com areia, zerada em 2024, teve pequena movimentação em janeiro de 2025, com R$ 2.973,10, sem novos registros em fevereiro. A argila refratária teve queda de R$ 1.672,07 para R$ 700,35. O filito recuou de R$ 30.489,05 para R$ 17.153,50 no comparativo entre os dois bimestres.

A oscilação nos repasses pode estar ligada à redução no volume de produção, à variação nos preços internacionais das commodities minerais ou a ajustes operacionais das empresas mineradoras instaladas na cidade. O cenário exige atenção da administração pública e reforça a importância de planejamento fiscal para mitigar impactos de flutuações do setor mineral.

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