A musica é muito diversa. Existem vários tipos, para os mais variados públicos. A música brasileira, por exemplo, no âmbito mais popular, costuma ser muito romântica e até glamorizar o sofrimento de alguém por outro alguém. Porém, essa não é uma característica apenas dos artistas brasileiros, pois o que dizer da rainha da “sofrência” norte americana, Whitney Houston? Ou até mesmo da Adele, ou sobre a saudosa Amy Winehouse? Grandes cantoras que interpretaram belíssimas canções, para deixar todo mundo na bad.
Não há nenhum problema nesse estilo musical, que em sua maioria possuem elementos sonoros ricos, são bem arranjados, e recebem grandes vozes, a não ser quando pessoas que sofrem de transtornos como depressão, por exemplo, às ouvem. Nesses casos, letras como “Meu orgulho caiu, quando subiu o álcool”, canção de Zé Neto e Cristiano, ou até mesmo “Ver você me humilhar e eu num canto qualquer, dependente total do seu jeito de ser”, interpretada por Alcione, podem ferir profundamente um coração.
É claro que ao longo dos tempos, músicas que embalam ou que induzem ao sofrimento no campo afetivo, que inclusive geram grandes receitas para a indústria fonográfica e agora monetizam bem vídeos publicados na internet, são bastante úteis para o divertimento, chega a ser engraçado mesmo, ouvir uma letra como, “quando for beija alguém, testa esse beijo em mim”, se você não estiver saindo de um relacionamento. Uma grande sacada do mercado musical, afinal, como muitos psicólogos defendem, o sofrimento pode viciar, logo, sempre vai ter público para essas canções.
Em contraponto, existem músicas em que a falta de saúde mental muitas vezes pode ser traduzida em letras, que acalentam quem passa por esse tipo de problema. Falar sobre esse assunto é muito importante, e transportar para o campo da arte pode facilitar o entendimento sobre essa ampla questão.
Músicas para a saúde mental
Áudio de Desculpas – Manu Gavassi
Manu Gavassi escancara sua personalidade e uma série de situações que só quem possui algum tipo de transtorno é capaz de compreender. “Áudio de Desculpas” despe o ser humano, mostrando a sua essência. De alguma forma, todos temos fraquezas, no entanto, as pessoas diferentes, que tendem a caminhar na direção contrária da sociedade, encontram muitos desafios ao longo da vida e dificuldades em participarem de grupos.
“Eu só queria ser normal, mas eu não sou, é puro trauma, confusão e se quiser, te mostro o meu melhor, te mostro o meu pior, te mostro o meu melhor, te mostro a verdade que é ser imperfeito, e só, que sonho ser estável, que sonho ser amável, que sonho não botar tudo a perder ser controlável, mas eu sinto demais, me desculpa, eu faço errado, ser de verdade tem um preço, eu sempre pago”.
Me Espera – Sandy e Tiago Iorc
Muitos não sabem, contudo crises de ansiedade e a depressão são capazes de paralisar uma pessoa. Uma grande parte da população brasileira, por exemplo, acredita que essas doenças são “bobeiras”, ou não passam de “frescura”, mas elas devem sim serem levadas a sério.
A composição de Sandy, em parceria com Lucas Lima e Tiago Iorc, fala justamente sobre a dificuldade que as pessoas podem encontrar em seguir adiante na vida. Ter empatia é muito importante, existem pessoas que são capazes de apagar, já para outras, essa tarefa pode ser mais difícil.
“Eu ainda estou aqui, perdido em mil versões, irreais de mim, estou aqui, por trás de todo caos, em que a vida se fez, tenta me reconhecer, no temporal, me espera, tenta não se acostumar, eu volto já, me espera”.
Bédi Beat – Duda Beat
Em Bédi Beat, Duda Beat coloca luz ao que acontece quando uma pessoa sofre por amor, como se agora, após entender o que sofreu, como a própria conta, ela estivesse liberta de todo esse sofrimento.
“E eu vivi a flor da pele e nem percebia, que das vezes que eu ria, era vontade de chorar, chorar, chorar, chorar”.
Dona de Mim – Iza
Escrita por Arthur Marques, “Dona de Mim” é considerado um dos maiores hits atuais. Com letra que fala sobre empoderamento feminino e negro, superação em desenvolvimento humano, e aprender a se impor e dizer não, quando necessário.
“Já não me importa a sua opinião, o seu conceito não altera a minha visão, foi tanto sim, que agora digo não, porque a vida é louca mano, a vida é louca”.
Kaça – Karol Conka
Além de “tombar”, Karol Conka tem o poder de levantar o astral e sobretudo a autoestima de quem a escuta. Na pérola do rap brasileiro “Kaça”, a paulistana se auto-intitula “original sem cópia”.
“Kaça” nos ensina a lidar com as críticas externas e como se autoconhecer é importante no tato com o externo. Sim, no mundo há pessoas ruins, também.
“Eles querem meu sangue na taça, eu até acho graça, se não é uma ameaça é a temporada de caça, é Karol Conka dona do Lalá, do próprio nariz, e tudo o que eu criar, pode até tentar me imitar, assume que odeia me amar, você não consegue evitar”.
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