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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve na Justiça, nesta quinta-feira (30), a condenação de uma colombiana envolvida no furto de um rosário de ouro do século XIX, ocorrido em novembro de 2023, no Museu de Arte Sacra de Ouro Preto.
A mulher foi sentenciada a dois anos de reclusão em regime aberto, mas a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de quatro salários mínimos. A Justiça considerou que a ré atuou como parte de uma quadrilha especializada em crimes contra o patrimônio, com atuação em diferentes estados do país.
O rosário beneditino furtado segue desaparecido, e as autoridades continuam as buscas para tentar recuperá-lo. Outros dois criminosos participaram do crime: um deles foi preso na Colômbia com auxílio da Interpol, enquanto o outro segue foragido.
Como ocorreu o furto do rosário
O crime aconteceu na Basílica de Nossa Senhora do Pilar, uma das mais importantes igrejas de Ouro Preto. No subsolo da construção funciona o Museu de Arte Sacra, onde a peça estava exposta sob um vidro de segurança.
Segundo as investigações, a colombiana condenada atuou como olheira, vigiando a movimentação da igreja e garantindo que os comparsas tivessem tempo suficiente para arrombar a proteção do objeto.
As câmeras de segurança registraram toda a ação, que durou aproximadamente 40 minutos. Por volta das 13h, os ladrões entraram no museu e utilizaram uma ferramenta para forçar a trava do vidro, retirando o rosário sem acionar o alarme.
Após o furto, o grupo fugiu para Betim, onde havia alugado uma residência previamente. A polícia descobriu que a mulher foi responsável por alugar tanto o carro utilizado na fuga quanto o imóvel onde se esconderam após o crime.
Operação para capturar os envolvidos
A investigação do Ministério Público e da Polícia Civil de Minas Gerais revelou que os três criminosos fazem parte de uma associação criminosa especializada em furtos de arte sacra e patrimônio histórico.
A mulher condenada foi presa preventivamente em novembro de 2023, logo após a identificação do grupo. Um dos comparsas foi localizado e preso na Colômbia, com o apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O terceiro envolvido ainda está foragido, e a polícia trabalha para localizá-lo.
O MPMG reforçou que a organização criminosa operava em diversos estados brasileiros, agindo sempre com divisão de tarefas e planejando cuidadosamente suas ações. A quadrilha desviava bens históricos e religiosos, revendendo as peças em mercados ilegais.
As buscas pelo rosário furtado continuam, e o MPMG pede que qualquer informação sobre o paradeiro da peça seja repassada às autoridades.