Concurso vai selecionar projetos inovadores para a restauração da bacia do rio Doce

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Em comemoração ao Dia da Água (22/03), a Fundação Renova lança neste mês o edital do Concurso Ideias Renovadoras: Plantando Árvores e Colhendo Alimentos. O objetivo principal da iniciativa, que tem parceria com o WWF-Brasil, o Instituto Terra e o Centro de Pesquisa Internacional Agroflorestal (ICRAF), é identificar soluções voltadas para SAF (sistemas agroflorestais), prática que combina espécies florestais com culturas agrícolas ou pecuária.

As melhores soluções serão premiadas, e os projetos de restauração usados como modelo a ser implementado na bacia do Rio Doce. Receberão prêmio cinco iniciativas, três realizadas na bacia do rio Doce e outras duas de fora da bacia, em qualquer lugar do país.

Além da premiação em dinheiro, o concurso promoverá a criação de uma rede de compartilhamento de conhecimento, considerado fundamental no trabalho de restauração florestal. As cinco iniciativas selecionadas vão participar de uma imersão no Instituto Terra, em Aimorés (MG) e, junto com especialistas, trabalharão no desenvolvimento de agroflorestas para a bacia do Doce. Todos os participantes do concurso receberão, ainda, material informativo para ser disseminado entre as Escolas Famílias Agrícolas e os Institutos Federais dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Após o período de imersão e capacitação dos selecionados, serão definidos, até o final deste ano, arranjos produtivos para serem implementados na bacia do rio Doce. Cerca de 40 mil hectares de área serão reflorestados pela Fundação Renova. Desse total, aproximadamente 10 mil poderão ser destinados ao plantio com fins econômicos.

Atividade econômica

Segundo o especialista de Uso Sustentável da Terra da Renova Felipe Drummond, a inciativa de SAF será uma forma de geração de renda para os produtores da bacia. “O produtor vai ter a oportunidade de preservar sua área, melhorando a qualidade da vegetação, da água e do solo, e ainda terá atividades que geram renda”, afirma.

A especialista em Água e Agricultura do WWF-Brasil Leda Fontelles Tavares destaca a importância do engajamento nesse desafio de restauração ambiental. “O concurso vai além de criar novos arranjos de reflorestamento. É uma maneira de envolver as pessoas, despertar o interesse pelo meio rural e difundir o conhecimento para os participantes e outras pessoas envolvidas nessa área, como estudantes e filhos de produtores”, diz.

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