O Cruzeiro não aproveitou o fator casa e o apoio da torcida e ficou somente no empate com o Vasco da Gama na noite de quarta-feira pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O resultado foi horrível para ambas as equipes, as deixando com apenas um ponto, três atrás do Racing-ARG e da Universidad de Chile.
O Cruzeiro entrou em campo com uma formação diferente, sem centroavante, com Rafinha, Thiago Neves e Arrascaeta formando o trio ofensivo, numa decisão controversa que irritou a torcida. Outra mudança foi a entrada de Dedé no lugar de Murilo que sentiu uma lesão no ombro no último treino antes da partida. O camisa 26 deu solidez defensiva à equipe, principalmente nas bolas aéreas, grande deficiência da equipe. Já a mudança no ataque, como já era de se imaginar, não surtiu efeito e o que se viu foi mais uma partida terrível de Rafinha, que foi sacado no intervalo para a entrada de Sassá, e um Thiago Neves apagado. Arrascaeta até tentava, mas esteve isolado na maior parte do tempo.
O jogo
O Cruzeiro começou bem o jogo, indo pra cima e pressionando o Vasco, mas abusava dos cruzamentos e a pressão não surtia efeito. Sem um homem de referência os cruzamentos de Egídio quando não iam direto para fora, não assustavam. Logo o ímpeto da equipe da casa diminuiu e o Vasco conseguiu equilibrar as ações do jogo. O meio campo do Cruzeiro se mostrou mais uma vez demasiadamente lento e pouco dinâmico. Robinho e Cabral praticamente não apareceram e Henrique jogou um pouco melhor que domingo. Já Egídio continuou lembrando mais do Palmeiras que o da outra passagem pelo Cruzeiro e fez um primeiro tempo terrível. O destaque fica pra zaga, principalmente para Dedé que ganhou todas as disputas pelo alto.
No segundo tempo o Cruzeiro voltou com Sassá no lugar de Rafinha. O time melhorou e passou a ficar mais tempo com a bola no campo de ataque, mas também sem muita efetividade. Sassá confiava demais no jogo de corpo e abusava desse tipo de jogadam que acabava não dando certo, com ele perdendo a maioria das disputas desse tipo para Paulão e Erazo que surpreendentemente faziam grande partida. E nas poucas vezes que conseguiu progredir e finalizar, o camisa 23 parou no excelente Martín Silva.
No mais foi uma partida tecnicamente horrível e de nenhuma inspiração, sendo assustador o tanto de vezes que jogadores de ambas as equipes tropeçaram na bola, furaram ou erraram domínios. O torcedor merecia receber o valor do ingresso de volta. As vaias foram mais que merecidas.
Preocupações
As duas equipes ganharam preocupações para o decorrer da temporada. Do lado do Cruzeiro, o volante/lateral Lucas Romero saiu de campo no segundo tempo sentindo a parte posterior da coxa. Já pelo lado do Vasco o jovem atacante Paulinho saiu machucado após cair feio e fraturar o braço, em imagens fortes.
O Cruzeiro volta a campo no domingo, pelo jogo de volta da final do Mineiro, contra o Atlético-MG e precisa ganhar de no mínimo dois gols de diferença para levar o título.
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