Cruzeiro pode ser vendido ao sheik do Newcastle? Entenda

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Uma especulação que balançou as redes sociais nesse final de semana foi sobre a possibilidade do príncipe Mohammed Bin Salman, herdeiro da Arábia Saudita, comprar o Cruzeiro. Recentemente, o sheik comprou o Newcastle, da Inglaterra, por cerca de R$ 2,2 bilhões, o que tornou o clube em um dos mais ricos do mundo e, de acordo com a imprensa estrangeira, ele estaria interessado em investir em clubes sul-americanos, tendo a Raposa como seu principal alvo.

O primeiro a noticiar sobre tal possibilidade foi o jornal Libero, da Itália, que divulgou no início da última semana que o príncipe, após adquirir o Newscastle, estaria interessado em comprar o Inter de Milão, Olympique de Marselha e um clube brasileiro. O mesmo site mencionou, inclusive, as boas relações que Bin Salman tem com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, (sem partido), o que poderia facilitar a negociação.

Cruzeiro pode ser vendido ao sheik do Newcastle? Entenda
Foto: Fayez Nureldine/AFP

No último sábado, 16 de outubro, o tradicional jornal esportivo da Espanha, As, citou o Cruzeiro entre os clubes brasileiros que poderiam interessar o sheik. “Há várias entidades no país que atravessam graves problemas financeiros e poderiam ser objeto de uma compra, como, por exemplo, o Cruzeiro”, escreveu.

A história ganhou ainda mais força após o canal argentino TycSports publicar, através do Twitter, que o Cruzeiro é um dos clubes favoritos no Brasil para receber o investimento do príncipe árabe.

“Depois de sua chegada ao Newcastle com um investimento bilionário, o príncipe Mohammed bin Salman agora analisa a possibilidade de ampliar seu controle a outros clubes da Europa e também da América do Sul, com Brasil e Cruzeiro como principais favoritos”, disse o TycSports

Impasse

Apesar de toda a especulação, de acordo com a rádio Itatiaia, não há nenhuma conversa em andamento. Para haver uma negociação desse tipo, é preciso esperar o ano que vem, por conta da legislação brasileira.

Jair Bolsonaro sancionou parcialmente, ainda em agosto deste ano, o Projeto de Lei 5516/2019 que cria no país a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Com isso, o Cruzeiro já poderia dar andamento no processo de implantação, pois o Conselho Deliberativo aprovou, no mesmo mês, a constituição do clube-empresa em assembleia, com 217 votos a favor, seis contras e um nulo.

A implantação de um clube-empresa é visto com bons olhos pelos conselheiros cruzeirenses por conta da grave crise financeira que o clube vive. Para muitos, é a melhor alternativa para salvar a instituição da falência.

Porém, ao mesmo tempo, Bolsonaro vetou dispositivos que implicavam em renúncia de receita por parte da União por entender que violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Clube-empresa: o que muda?

Com a implantação da SAF, o Cruzeiro seria dividido em dois CNPJs: a associação esportiva e os eventuais investidores. A “Associação Cruzeiro” permaneceria como acionista majoritária, com 51% do capital social, podendo vender até 49% da outra parte. Atualmente, o clube ainda é uma associação esportiva sem fins lucrativos, sem ações e detém 100% dos direitos de capital.

Para que o Cruzeiro se torne um clube-empresa e esteja apto a receber o investimento árabe, os trâmites administrativos e jurídicos precisariam estar integralmente regularizados, o que só seria possível em janeiro do ano que vem.

De acordo com o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, os trâmites para tornar a instituição em um clube-empresa terão início em dezembro deste ano.

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