Ele começou a temporada de forma arrasadora. Gols e assistências o colocando como o principal jogador da equipe no início do ano. Mas a boa fase parece ter passado e ele já passa a ser questionado por parte da torcida. Estamos falando de Rafinha, que iniciou 2018 assumindo o papel do herói improvável e fazendo bons jogos com a camisa do Cruzeiro.
O problema é que de um tempo pra cá, mais especificamente a partir do clássico contra o Atlético-MG, as atuações de Rafinha tem caído e parte da torcida passou a ver com maus olhos a escalação do veterano.
O jogador, sempre visto como uma opção de composição de elenco, chegou ao Cruzeiro ano passado e apesar de ter feito bons jogos, nunca empolgou o torcedor, em partes por sua inconstância e excesso de preciosismo em certos lances e em partes pelas opções melhores do elenco para a posição. Esse ano com os problemas físicos de Thiago Neves e David, Rafinha assumiu a titularidade absoluta e fez cinco gols, chegando a figurar como artilheiro do Campeonato Mineiro por algumas rodadas. Mas com a queda de rendimento, principalmente nos jogos mais importantes, o jogador passou a ser questionado por apresentar um futebol satisfatório apenas contra os adversários mais fracos.
Outro fator que contribui para as críticas ao jogador é a disputa de posição com Arrascaeta e Thiago Neves, dois dos xodós da torcida celeste e jogadores de grande capacidade técnica. Sendo de conhecimento geral que Arrascaeta e Thiago Neves estão entre os melhores meias do Brasil, o torcedor de outros estados pode se perguntar como eles se revezam na equipe principal enquanto Rafinha é titular absoluto. Pra essa resposta existem duas respostas: indisponibilidade dos concorrentes e função tática. O primeiro fator se dá pelo fato de Thiago Neves passar por problemas físicos no início do ano e por Arrascaeta desfalcar o time por servir a seleção uruguaia. O segundo se dá pela entrega tática de Rafinha ao time. O jogador, no período defensivo, se torna quase um lateral, além de cobrir as subidas do mesmo. É um dos atletas que demonstra mais entrega. O problema é que na frente, com a bola nos pés, ele tem errado mais que acertado e isso a torcida não perdoa.
Agora se Rafinha será o titular da posição durante o restante da temporada não se sabe. Mano Menezes já demonstrou gostar do jogador, inclusive barrando uma transferência sua para o Vasco. E apesar do camisa 18 realmente não viver um momento de primor técnico (e convenhamos, ele nunca foi isso) não se pode negar a contribuição tática dele, principalmente para o setor defensivo de Mano. Um time com Thiago e Arrascaeta, ou David e com Robinho e Cabral no meio ficaria muito vulnerável e todos já sabemos que se tem algo que Mano Menezes odeia é levar gols.
Agora com o decorrer dos jogos veremos se a entrega tática de Rafinha compensa suas deficiências técnicas e se com todos os jogadores disponíveis Mano Menezes continuará optando por ele. A nós torcedores, resta torcer, pela recuperação do futebol do início do ano e que todo esse poder de decisão apareça também em grandes jogos.
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