Em 2019, o Brasil deveria ser o país anfitrião da COP 25, evento que representa as mais importantes negociações das Nações Unidas em relação à mudança climática. Porém, após dois meses de se oferecer para receber a convenção, o governo brasileiro reverteu sua posição.
Na última segunda-feira (26), líderes brasileiros comunicaram a desistência a secretária executiva da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Patrícia Espinosa, poucos dias antes do início da COP 24, a conferência climática de 2018 que acontece Katowice, na Polônia.
O Brasil justificou a controvérsia por causa de restrições orçamentárias e devido ao processo de transição presidencial em andamento. Entretanto, o que se imaginava nos bastidores da política é que esse foi um movimento do presidente eleito Jair Bolsonaro, já que durante a campanha tocou em pautas polêmicas em relação ao meio ambiente, como o abandono do Brasil ao Acordo Climático de Paris, ideia que ele já recuou, e algumas declarações dadas sobre o seu desejo de abrir a Amazônia para mineração, agricultura e construção de barragens.
Bolsonaro confirmou que participou da decisão dizendo: “Houve participação minha nessa decisão. Nosso futuro ministro, eu recomendei para que evitasse a realização desse evento aqui no Brasil”. A declaração foi dada pelo próximo presidente do Brasil na última quarta-feira (28).
Desistência do Brasil em sediar COP25 foi influenciada por Bolsonaro
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