Mais uma vez a primaz de Minas e a cidade patrimônio mundial deram exemplo nos atos em defesa da educação que aconteceram ao longo do mês de maio agitando todo o nosso país.
Entre os mais de cem municípios brasileiros que realizaram manifestações, a terra dos inconfidentes mostra, mais uma vez, que a vocação pela liberdade segue firme em seu DNA, não dando espaço para ideias reacionárias brotarem.
Prova disso, pode ser a constatação observada no dia 26/5, onde diversos irresponsáveis, pelo país afora, se colocaram a favor das medidas de austeridade do governo Bolsonaro. Em nenhuma das duas cidades ninguém foi às ruas defender medidas contra si mesmo, explicando assim porque o atual presidente foi derrotado em ambos os locais durante a eleição de 2018.
Um dos motivos que tem levado a tantos e tão constantes atos em ambos os locais pode ser explicado pela quase inédita unidade dos movimentos sociais, unificando sindicatos, movimento estudantil, partidos políticos de esquerda e lideranças comunitárias.
Sob a égide da defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, portanto contra os cortes de verba no Ministério da Educação, outro ponto de convergência entre os diversos atores locais é a rejeição à proposta de Reforma da Previdência, que ataca os mais humildes e garante, ainda mais, concentração de renda nas mãos de poucos.
Talvez a pergunta conflitante que caiba se fazer, é exatamente o óbvio: se são tão fortes unidos, por que não é possível manter tamanha unidade entre o campo democrático popular nos dois municípios? Será que é tão difícil caminhar junto quem tem mais similaridade do que diferença?
A lição está posta, cabe cada um e cada uma refletir, afinal de contas, só será possível derrotar os governos protofascistas com uma ampla, amplíssima unidade popular, indo inclusive, além da própria esquerda. Ou a gente segue unido e busca ainda mais aliados, ou estamos todos perdidos.
Que os bons ventos de maio sigam soprando a favor dos que defendem a liberdade, a justiça, a Ciência e a educação.
Dia 14-06 tem mais! Nos vemos na greve geral!
Até lá!