Segundo o Ministério da Saúde, o estado de Minas Gerais registrou de 2011 a 2018, 924 casos da doença da leptospirose e 102 mortes. Durante o período chuvoso é preciso estar atento a prevenção e ao diagnóstico da doença pois se ela não for diagnosticada e tratada a tempo, pode levar a morte.
Febre, calafrios, dores musculares, cefaleia e dor ao redor dos olhos são os sintomas mais comuns da leptospirose e o tratamento requer o uso de antibióticos. Caso não seja tratado, a doença pode complicar para hemorragias, problemas cardíacos e respiratórios. Em Minas Gerais é possível realizar o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pela Funed, laboratório de saúde pública.
Transmissão da leptospirose
De que forma o período chuvoso contribui com a leptospirose? Entenda: durante as enchentes, a urina dos roedores contaminados, que normalmente estão nos esgotos e bueiros, se mistura à água da enxurrada. Quando a pessoa entra em contato com essa água contaminada, ela pode se infectar.
A bactéria responsável pela leptospirose pode ser encontrada também em outros animais como bois, cavalos e cães, podendo ter transmissores da doença.
É possível contrair a doença após a pessoa permanecer por longo tempo em contato com a água contaminada, mesmo sem ferimentos na pele. Caso haja algum ferimento ou arranhão, a contaminação é ainda mais agravante.
Leia também: Ribeirão Arrudas, em BH, sobe quase 10 metros com chuva de domingo (19)
Medidas de prevenção
De forma geral, a maneira de se prevenir a doença é controlando o número de roedores e reduzindo o contato com água de enchente. Se for necessário o contato, esteja usando equipamentos adequados, como luvas e botas.
Além disso, para evitar a proliferação de roedores, converse água e alimentos em locais seguros, não deixe restos de alimentos abertos na cozinha, não deixe acumular lixo em casa, evite entulhos, lave com água sanitária sua caixa d’água e não jogue lixo em rios e bueiros.