Após expressiva vitória de Biden sobre Trump, nos Estado Unidos da América, brasileiros com viés político de esquerda e simpatizantes comemoraram, principalmente nas redes sociais. Inclusive, uma antiga publicação de um dos filhos de Jair Bolsonaro, que dizia “Acontece nos EUA, acontece no Brasil”, foi repostada inúmeras vezes, em ironia ao atual presidente.
A nação brasileira, assim como a americana, é composta por pessoas fortes, de luta, no entanto, desenvolvidas de maneiras diferentes. Enquanto os EUA foram formados para e por sua liberdade econômica, cultural, tecnológica e científica, o Brasil se desenvolveu baseado na exploração de outros países sobre si. Venhamos e convenhamos, não é falta de autoestima, mas estamos bem atrás dos EUA no que tange a autonomia. Contudo, devemos ter um fiozinho de esperança, já que no Brasil também “viralizam” vídeos de atitudes racistas, tal qual aconteceu com George Floyde, fato triste, porém decisivo nas Eleições dos EUA.
A exposição mundial do racismo, uma das principais tônicas que elegeu Biden, resultou em um despertar maciço dos americanos. Ainda fazendo um paralelo dos EUA com o Brasil, devemos recordar das Eleições americanas de 2016, em que Trump ganhou sobre Hillary Clinton usando uma das estratégia mais sórdidas e ultrapassadas da política, porém potencializada pelas redes sociais, na disseminação de boatos. Na ocasião, milhões de dólares foram investidos na empresa Internet Research Agency para garantir que às publicações alcançassem o máximo de americanos o possível, o que favoreceu a eleição de Trump, que além de boatos, espalhou indiretamente fake news. Estudos ainda estão sendo realizados e o processo corre em Justiça.
Parece que a nação economicamente mais potente do mundo despertou para a existência de fake news para os perigos que a falta da democracia pode trazer, para os males que o preconceito, a intolerância e o discurso de ódio podem gerar para uma sociedade. Nos resta saber se “cá” os brasileiros despertarão do sono para lutar por um país melhor ou se em 2022 engoliremos a seco mais uma enxurrada de boatos. Não se faz política na internet, política se faz com projeção, metas, ciência e humanidade!
Deixo uma música para a reflexão: