Foi realizada uma reunião ontem (16), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a participação do presidente Luis Roberto Barroso, o vice, Edson Fachin, líderes partidários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A reunião em questão discutiu o adiamento das eleições municipais, inicialmente previstas para outubro. A nova data está prevista para novembro, com o primeiro turno no dia 15 e caso seja necessário, o segundo turno no dia 29.
A necessidade do adiamento se deu por causa do coronavírus. Durante a reunião, o presidente do Senado reforçou a ideia de se ouvir a medicina e os profissionais da saúde, buscando alternativas para cuidar da vida dos brasileiros em paralelo a democracia. A mudança busca fazer com que as eleições sejam realizadas com segurança.
Além disso, Rodrigo Maia reforçou que a saúde pública deve vir acima dos interesses políticos envolvidos em época de eleição. “Nós temos que pensar no bem de todos e garantir a saúde da população”, afirmou.
Já o ministro Edson Fachin diz ser necessário as práticas democráticas durante um momento de crise e emergência como esse. Segundo ele, é necessário manter às eleições em sua data.
Assim, a mudança das datas foi consenso entre os participantes da assembléia, mas os dias ainda não foram confirmados oficialmente. Para finalizar a decisão, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) passará pelo congresso confirmando as datas exatas.
O senador Carlos Viana (PSD-MG) publicou um tweet afirmando a decisão para a mudança das datas:
Adiamento das eleições municipais de 2020 definido hoje em reunião no TSE. Primeiro turno em 15/11. Segundo turno com data pendente mas com maior possibilidade em 29/11. A proposta anterior de finalização do pleito em 06/12 foi recusada pelo tribunal.
— Carlos Viana (@carlosaviana) June 16, 2020
De acordo com o presidente Luis Roberto Barroso, a reunião buscou colher informações técnicas e científicas a respeito do adiamento. A ideia é que essa mudança seja definida oficialmente até o dia 30 de junho, em virtude do calendário eleitoral.
Além disso, ele apresentou possíveis mudanças para as eleições, como a criação de uma cartilha para orientações de eleitores e mesários sobre como se comportarem no dia das eleições, e a possibilidade de suspender a identificação por biometria, diminuindo assim o contato físico.
Outra questão apontada foi o gastro extra caso seja aplicado a votação em dois dias, aumentando o valor em R$ 180 milhões. Os gastos são referentes à alimentação de mesários e à atuação de militares para garantir a segurança das urnas nos locais de votação.
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