Neste domingo (12), o Atlético enfrentou o ABC pela segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Em uma bela exibição, o Galo goleou o seu rival por 4 a 0 e avançou tranquilamente para a próxima fase do torneio.
Thiago Juan, Echaporã, Kevin e Luciano foram os autores dos gols.
Com exclusividade, o colunista João Victor Pena conversou com Marcos Valadares, técnico do Atlético na competição.
No comando do time sub-20 atleticano desde o fim do ano passado, o treinador acumula passagens pelas categorias de base de Cruzeiro, Palmeiras e Vasco.
Neste último, treinou interinamente o time profissional durante a disputa do Brasileirão 2019.
Confira a entrevista: Administração e escolhas de elenco Disputada todos os meses de janeiro, a Copa São Paulo dá oportunidade para mais de 100 times do Brasil.
Torneio de base mais famoso do país, a popular “Copinha” dá liberdade para os clubes montarem um elenco mais ou menos enxuto.
Perguntado sobre o motivo de ter levado um elenco um pouco maior do que de outros times, Marcos respondeu: “Nós inscrevemos 30 jogadores e trouxemos 24.
Todas as equipes enviam uma lista de 30 atletas e depois podem decidir quantos elas trarão para a competição.
Até por uma questão de custo mesmo, já que a Federação Paulista (FPF), banca até um certo número de atletas e o que vier como excedente o próprio clube tem que pagar.
Nós resolvemos trazer 24, que consideramos um número muito bom.
Nós temos praticamente duas equipes, mais três goleiros e mais uma opção que é um atleta que estava em fase de recuperação, para quando ele estiver totalmente recuperado a gente poder contar com ele aqui.
Essa foi nossa ideia pra início de competição”.
O treinador também nos contou um pouco sobre como tem feito para administrar e manter motivados os jogadores que acabam ficando de fora do banco em algumas partidas. “Primeiramente eles precisam entender que não é simplesmente uma questão de escolha.
A Federação Paulista te obriga a levar apenas 18 atletas pro jogo, que é um número abaixo do que é utilizado pelas competições de chancela CBF, onde se pode levar 23 atletas.
A FPF entende que como a Copa SP é disputada por clubes do Brasil inteiro, nem todos tem condição de trazer muitos jogadores, e que reduzindo o número de atletas no banco o jogo ficará mais justo para as equipes menores.
Realmente não é nada agradável ter que cortar um atleta em uma competição importante, mas eles tem que entender que é o momento da competição.
A gente tenta fazer um rodízio de suplentes nos jogos, para que todos tenham oportunidade, mas eles tem que ter a consciência de que é o momento de quem tá melhor, de qual é estratégia para aquele jogo.
E saber também que a competição é longa, muito desgastante, e que temos que lidar com lesões e cartões, então será modificar o time e surgirão oportunidades.
A gente vai conversando, vai tendo esse contato pessoal com eles, para que eles entendam e a gente consiga levar o grupo da melhor maneira possível”. Elenco atleticano comemora gol em partida contra o Capital-TO – Crédito da foto: Pedro Souza/Atlético Susto na estreia Mesmo favorito na fase de grupos, o Galo acabou estreando com derrota no torneio.
Pressionado nos jogos seguintes, o time se saiu bem e conseguiu a classificação.
Perguntado sobre como fez para tranquilizar o time para os confrontos seguintes, o técnico respondeu: “Realmente, uma derrota no primeiro jogo da competição é algo desconfortável, que incomoda e deixa o ambiente um pouco apreensivo.
É uma questão de não poder falhar mais na competição, de em momento algum poder perder algum ponto, porque pode levar a uma eliminação precoce dentro uma competição que aguardamos muito ao longo do ano e que queremos chegar e representar bem o clube.
Em primeiro lugar a gente assumiu as nossas falhas, vimos o vídeo do jogo, analisamos os erros, corrigimos e nos conscientizamos do que a gente precisava melhorar.
A partir da segunda partida a gente foi em busca dessa evolução, de jogar um futebol melhor e competir mais, coisa que no primeiro jogo a gente deixou um pouco a desejar.
Aí sim a gente conseguiu essas duas vitórias.
Foi através de conversa, de passar confiança pra eles e demonstrar que de uma certa nós tínhamos criado aquela situação mas nós tínhamos competência, futebol e força para dar a volta por cima e foi o que aconteceu.
Acabamos ainda buscando a classificação e a primeira colocação na chave”. Jogadores do Atlético comemoram um dos gols da goleada sobre o ABC-RN – Crédito da foto: Pedro Souza/Atlético Estudo dos adversários Por fim, Marcos falou também sobre como e quem são os profissionais do clube que o auxiliam na análise dos adversários da “Copinha”.
Confira: “Hoje os clubes, principalmente os grandes, tem uma equipe de análise que tem um trabalho bacana e que ajuda muito.
Todos trazem, dentro de suas condições, um, dois analistas, pra que você consiga além de ter a filmagem do seu próprio jogo, e obter um feedback para fazer o trabalho de correção, ter também a filmagem dos próximos adversários na chave, para poder fazer uma análise e chegar no jogo com uma boa visão do que irá enfrentar.
É uma questão do trabalho dos analistas.
Eles fazem os recortes dos vídeos e a através deles a gente procura achar os padrões de comportamento dos adversários.
Após isso, nós nos reunimos com os atletas, mostramos essas filmagens e nos dias que nós temos tempo pra colocar em prática no campo, nós treinamos em cima de um ou outro padrão do adversário, para que a gente chegue no jogo preparados para qualquer circunstância que surgir”.
Classificado para a terceira fase, o Galo irá enfrentar o São Bernardo-SP.
O jogo será disputado no estádio Nicolau Alayon, na terça-feira (14), às 14h45.
Caso se classifique para as oitavas, o Atlético irá enfrentar o vencedor de Grêmio x Chapecoense.
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